Conselho Geral define propostas de mobilização da categoria


Os conselheiros do CPERS estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira (09), em reunião do Conselho Geral, no salão de Atos Thereza Noronha, na sede do Sindicato, para deliberar sobre as propostas de mobilização da categoria.
Na abertura da atividade a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, saudou a todos os educadores no primeiro Conselho Geral de 2018. “Quero saudar a todos e todas nesse retorno, depois de um ano muito difícil, de muita luta. Para muitos o ano letivo de 2017 não acabou, professores e funcionários de escola ainda estão recuperando os dias de greve. O ano de 2018 já começou com ataque do governo, através dos fechamentos de escolas, do processo de municipalização. O governo de forma sorrateira está entrando em contato com as prefeituras, organizando a municipalização e pegando de surpresa os educadores. Nós reafirmamos que essa não pode ser uma luta de só nós educadores. A comunidade escolar tem que vir conosco. O governo diz que o CPERS quer somente defender os empregos dos professores e funcionários de escola, por isso é importante o levantamento dos estudantes de todas as escolas que foram aprovados em Universidade no Estado. Se o governo tiver sucesso em municipalizar as escolas, em 2020 muitos municípios vão quebrar, pois não irão receber mais os investimentos do Fundeb, desta forma não terão renda suficiente para suprir todos esses estudantes. Nossa conversa com os prefeitos nesse momento também é muito importante”, afirmou.
A presidente também falou sobre o atraso de salários, que até o dia de hoje somente receberam os servidores que ganham até R$1.200,00. “Temos feito o acompanhamento com o Dieese que ano após ano, o ICMS só vem crescendo. Por que o governo não paga nosso salário? Temos a clareza que Sartori está nos penalizando, esses R$1.200 é a resposta à nossa luta contra o Regime de Recuperação Fiscal. Queremos reafirmar, o governo tem dinheiro, pois, recentemente aumentou em 6% o valor das empreiteiras e sabemos que esse pedido de asfalto contempla muitos moradores, essa já é a política de reeleição, aumentou o valor das diárias de viagens tudo para a campanha de reeleição”, concluiu.
Ainda no fechamento de sua fala Helenir explanou sobre a luta contra os PLCs 206 e 207 referente a reestrutura do IPE, que foram aprovados na última terça-feira (6). Helenir alertou que o PL 112 será o mais ferrenho para a categoria (o qual será o primeiro projeto a ser votado nesta terça, dia 13). “O PL 212 é o mais complicado, se aprovado teremos que pagar 40% de coparticipação em todos os procedimentos, representa a morte para muitos servidores. Temos colegas que fazem quimioterapia, com o nosso salário não temos condições de pagar esses valores absurdos. Temos que fazer essa pressão bem forte nessa terça, para aprovar um projeto que minimamente atenda às nossas necessidades. Hoje temos aqui, a responsabilidades de tirar os melhores encaminhamentos de luta para a nossa categoria”, finalizou.

Propostas aprovadas:

  1. Reajuste emergencial de 22,73% considerando-se a necessidade real da categoria, que a mais de três (3) anos de parcelamento e de atraso salarial, e luta política para alcançar o PSN – Piso Salarial Nacional que hoje necessitaria 94,84% de reajuste para integralização do piso;
  2. Fortalecimento da mobilização na defesa da Democracia e contra a Reforma da Previdência desencadeada pelas Centrais Sindicais, Frente Brasil Popular e Brasil Sem Medo;
  3. Campanha de Valorização e Defesa das Escolas Públicas Estaduais. Apesar da desvalorização profissional dos(as) trabalhadores(as) em Educação e péssimas condições de trabalho é, realizado um trabalho de qualidade e que deve ser mostrado à sociedade gaúcha;
  4. Ampla campanha publicitária de denúncia dos ataques que a categoria e a classe trabalhadora têm sofrido, fruto da política de Sartori e seus aliados, através de outdoor, spot, cartilha, panfleto(mosquito) e “cards” nas redes sociais;
  5. Pressão aos(as) Deputados(as) Estaduais e denúncia nas bases eleitorais daqueles(as) que votaram a favor do Regime de Recuperação Fiscal – RRF e a Reestruturação do IPE;
  6. Desencadeamento de debate sobre o tema da eleição de Diretores de Escola dentro da Lei de Gestão Democrática, no sentido de eleger direções comprometidas com a causa sindical;
  7. Dia de Paralisação Estadual, na terça-feira, dia 13 de março de 2018, tendo como eixos: Defesa da Saúde, Contra o Pagamento Atrasado dos Salários e Auto-agenda com o Governo;
  8. Realização de atividade em frente às CREs uma vez por semana, pelos colegas dos núcleos, fazer colagem de cartazes, pintura da calçada, tendo como tema o pagamento do salário em dia e o resgate da dignidade profissional;
  9. Pressão nas Câmaras de Vereadores, focando nos partidos aliados do Sartori, para não destruição do IPE;
  10. Realização de Aula Cidadã nas Escolas e Praças atacando o desmonte do Estado, destruição da Educação e a Democracia ameaçada ante o autoritarismo em curso;
  11. Divulgação de listas dos telefones e e-mails dos(as) deputados(as) da base aliada do governo para nossa base para efetuar a pressão;
  12. Mobilização com Atos Estaduais chamados amplamente e Assembleia após o término do calendário letivo/2017 para impulsionar a campanha salarial e a luta contra os ataques do Governo Sartori;
  13. Posição favorável emitida pelo Conselho Geral “Pelo imediato funcionamento da Escola de Ensino Médio Piquiri, de Cachoeira do Sul”. A escola está concluída há vários anos e em condições de aula, no entanto, os estudantes da comunidade se deslocam para estudar na cidade, acordando 4h da madrugada e retornando 19h e 22h;
  14. Denúncia da retirada das disciplinas de história, geografia, artes e educação física nos NEEJAS do Sistema Prisional;
  15. Nota de Repúdio ao Deputado Estadual Gilberto Capoani do MDB (ex-PMDB) por cercear a palavra do Sindicalista Professor Júlio Flores.

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