Na noite desta quinta-feira (05), o CPERS participou da Audiência Pública com a comunidade escolar na EEEF São Francisco, no 35º núcleo – Três de Maio. O Estado juntamente com a prefeitura da cidade quer municipalizar a instituição e transformá-la em creche. Porém, o local não tem estrutura para isso, por se tratar de uma construção antiga.
A escola, atualmente atende 231 alunos, sendo que 90 deles são da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Na comunidade, a instituição é a única escola que oferece o EJA. A escola também quer oferecer Ensino Médio para a comunidade, mas é impedida pelo Estado, mesmo com a grande procura da comunidade escolar.
Na abertura da audiência pública, a diretora da escola, Nilce Perin, relatou todos os desafios que a escola vem enfrentando para não fechar as portas. Ela também comunicou que a coordenadora da 17ª Coordenadoria Regional de Educação – CRE, Roseli Führ Schaefer, juntamente com a secretária de educação do município, Tânia Georgisomente, avisaram que não compareceriam à Audiência, demonstrando total descaso com os professores, funcionários de escola, estudantes, pais e a comunidade escolar.
“Nós do CPERS, sempre defendemos o não fechamento de escolas e vamos continuar fazendo isso. Enfrentamos muitos governos que não respeitaram a escola pública. Por isso, estamos hoje aqui novamente lutando contra o governo do Estado para defender a escola pública”, afirmou o diretor do 35º Núcleo, Marino Simon.
A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, tranquilizou a comunidade escolar sobre o fechamento da escola. “Para fechar uma escola não é somente com a vontade do governo, pois se fosse só pelo governo talvez não teríamos mais escolas públicas. A primeira coisa é saber o que quer a comunidade escolar. Quem quer fechar escola tem que vir aqui e defender o fechamento. Por não comparecerem já demonstram que eles estão fazendo coisa errada. Essa escola só será fechada se vocês permitirem e não lutarem, e de luta nós entendemos”, destaca.
“Façam um abaixo-assinado, nos enviem e nós iremos ir junto com o diretor Marino até a secretaria de educação, exigir que não fechem a escola. Por que não fazer o Ensino Médio aqui? Nós vamos ter que provar que essa escola é ociosa porque o governo quer. Temos procura da comunidade escolar para novas vagas. Nós queremos muito mais escolas públicas e menos prisões, diferente do governo Sartori”, concluiu Helenir.
Durante o encontro, professores, funcionários de escola, conselheiros escolares, estudantes, pais e a comunidade escolar relataram a importância da escola para a região. Alguns vereadores da região estavam presentes e deram total apoio a escola.
Entre os encaminhamentos em defesa da escola está o abaixo-assinado que a comunidade escolar coletará as assinaturas contra o fechamento da instituição. Logo após, a Direção Central do CPERS junto com a direção do 35º Núcleo, exigirá uma audiência com o secretário de Educação para tratar sobre o não fechamento do local.