CNTE presente e atuante nas manifestações pela Soberania Nacional


Entre os dias 1º e 8 de outubro, a CNTE marcou presença nos atos que debateram a Soberania Nacional e denunciaram o desmonte das empresas e dos serviços públicos brasileiros, no Rio de Janeiro (RJ). “A semana foi muito rica. A CNTE coordenou a Plenária da Plataforma Operária e Camponesa de Energia e foi escolhida para fazer a fala representando a Plataforma na abertura do 8º Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Também participou do Ato Público do dia 3 outubro pela Soberania Nacional, que registrou a participação de cerca de 15 mil pessoas e ficará na história” relata a secretária de Aposentados e Assuntos Previdenciários da CNTE, Selene Michielin. Além destes eventos, a secretária participou do Seminário Internacional “Transição Energética para um Projeto Energético Popular”, realizado entre os dias 6 e 8 de outubro.
Selene destacou que foi uma semana de muito aprendizado e também de reconhecimento para a CNTE: “No Seminário Internacional estivemos presentes na mesa falando dos Impactos da Política Energética para a Educação. A CNTE e a Internacional da Educação saíram fortalecidas”. A CNTE faz parte da Plataforma Operária e Camponesa para a Energia, que foi criada em 2010, a partir da articulação entre movimentos sociais, trabalhadores eletricitários, petroleiros, engenheiros, atingidos por barragens e agricultores, com a proposta de criar espaço de diálogo e articulação das lutas para se avançar em projeto popular para a energia no Brasil.

8º Encontro Nacional do MAB
O Terreirão do Samba, no Rio de Janeiro, foi palco do 8º Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) entre os dias 1 e 5 de outubro de 2017. Mais de 3.500 atingidos e atingidas organizados no MAB, centenas de trabalhadores e trabalhadoras e militantes de organizações de 19 países celebraram a vida, a solidariedade na luta dos povos. Na ocasião, o MAB defendeu a unidade na luta pela soberania nacional. “É preciso garantir que o fruto do trabalho e as bases naturais estejam de fato nas mãos do povo brasileiro, a serviço de um projeto popular para o Brasil. Estamos também nessa mesma luta junto aos povos do mundo para superar o atual modelo de sociedade”, relatou Alexânia Rossato, militante do MAB. Veja mais detalhes no site do MAB.

3 de outubro – atos em defesa da Soberania Nacional
No dia 3 de outubro, diversas categorias de trabalhadores e movimentos sociais realizaram por todo país manifestações em defesa da soberania nacional e para denunciar a privatização e desmonte das empresas e dos serviços públicos brasileiros. No Rio de Janeiro, a concentração começou em frente à sede da Eletrobrás, por volta das 11h, e se deslocou durante a tarde pela região central da cidade, com paradas em frente a sedes de empresas públicas, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras. O Presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas, ressaltou o impacto que o sucateamento das estatais provoca na economia.“Esse golpe foi dado para tirar a soberania nacional, para o agradar aos financiadores do golpes, as empresas nacionais, para que o Brasil volte a ser só exportador de matéria prima e importador de produto pronto. Não podemos aceitar isso, que acabem com conteúdo local, os estaleiros estão parados. Não importam se é de esquerda ou direita, se você é brasileiro e sequer que pré-sal financie educação, tem que ir para a porta da Petrobrás”, disse.

Seminário Internacional “Transição Energética para um Projeto Energético Popular”
Na sexta-feira (6), o Seminário Internacional “Transição Energética para um Projeto Energético Popular”, reuniu cerca de 100 pessoas de 37 organizações, vindas de 23 países da América, África e Europa. Organizado pelo MAB, Movimiento de los Afectados por Represas en Latinoamérica – MAR (Movimento dos Atingidos por Barragens na América Latina) e Plataforma Operária e Camponesa da Energia, o evento se estendeu até domingo (8), no Rio de Janeiro (RJ).

Juan Pablo Soller, do Movimiento Ríos Vivos da Colômbia, afirma que este terceiro seminário recebeu um novo nome devido ao desafio das organizações de avançar no debate da transição energética. “Queremos um modelo de geração de energia para satisfazer condições de vida digna e não a maximização do lucro, em condições de trabalho precária. Atualmente, diversos projetos que se utilizam de tecnologia de ponta são os que oferecem piores condições de trabalho”, explica.

De acordo com Soller, o desafio é encontrar consensos do que seria um modelo popular de geração de energia, já que o seminário congrega trabalhadores do setor elétrico e populações afetadas por projetos de mineração e hidrelétricas. “Queremos aqui encontrar e discutir os pontos consensuais de uma transição energética. Um ponto em comum é que a energia gerada não deve ser produzida para gerar ganância e lucro, mas para melhorar as condições de vida digna”, explica. Acesse o site do MAB para obter mais detalhes.

Com informações do Movimento dos Atingidos por Barragens e Federação Única dos Petroleiros (FUP).

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