Audiência Pública debate Previdência do RS e a Reforma da Previdência


A Direção Central do CPERS acompanhou na noite desta segunda-feira (08), no Plenarinho da Assembleia Legislativa, a audiência pública sobre a Previdência do Rio Grande do Sul. O encontro foi organizado pela Comissão Especial destinada a debater a Previdência Pública, presidida pelo deputado Pepe Vargas, em conjunto com a Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle.

A audiência debateu o impacto das modificações propostas no Projeto de Emenda Constitucional 6/2019, referente à Previdência Social sobre as finanças estaduais, especialmente ao que se refere aos benefícios e contribuições ao Regime Próprio da Previdência Social.

O secretário estadual da Fazenda, Marco Aurélio Santos Cardoso, defendeu que a Reforma da Previdência é necessária para o Estado, segundo ele em 10 anos o Estado terá um déficit de 99 bilhões. “A maior conta do Rio Grande do Sul é a conta da previdência”, afirmou.

“O gaúcho e a gaúcha vivem mais, felizmente, mas, isso tem um impacto enorme na previdência. E segundo estudos, a expectativa de vida dos gaúchos é de 100 anos”, destacou o presidente do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS), José Guilherme Kliemann.

O deputado Pepe Vargas defendeu que o déficit na previdência do Estado vem em um decrescente por alterações já feitas anteriormente e destacou que os servidores atuais não podem pagar a conta. “Não é justo que os servidores que contribuíram não possam se aposentar. É inadmissível que eles paguem a conta”, concluiu.

“Uma reforma contra os trabalhadores que visa diminuir empregos e privatizar. Nós não vamos pactuar com isso. Sabemos que algo tem que ser feito, mas não é tirando direitos dos servidores que vamos resolver”, afirmou o presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud.

“Nós estamos acompanhando atentamente todas as questões que envolvem a reforma da previdência. Estamos vendo o governador fazer frente em Brasília e defender essa reforma absurda. É necessário destacar a sobretaxa que vamos sofrer com os salários aviltantes que temos, porque é sempre bom lembrar que o básico do magistério para 20h é 630 reais e para 40h é 1.200 reais. Se formos taxados ainda mais, nós não vamos chegar até os 70 anos. Não se preocupem, não vamos dar todo esse déficit para o Rio Grande do Sul”, destacou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

Helenir também destacou a posição da categoria quanto à reforma. “Nossa categoria vai lutar com todas as forças para que essa reforma não passe. Estaremos nas ruas, amanhã estaremos indo para Brasília. E vamos atrás dos deputados. Aqueles que votarem a favor da aprovação dessa reforma, terão nossa resposta. Vamos denunciar os partidos e tirá-los da política do Rio Grande do Sul”, concluiu.

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