Neste domingo, dia 1º de maio – Dia Internacional do Trabalhador, a Direção Central do CPERS participou do 1º de Maio Unificado. A mobilização ocorreu em todo Brasil, organizada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. O ato tem como defesa os direitos trabalhistas e sociais e da democracia, principalmente tendo em vista o período político pelo qual passa o país.
Em Porto Alegre, a concentração dos trabalhadores começou às 10h, no Parque Farroupilha (Redenção), em frente ao Monumento Expedicionário. Durante o ato foram realizados discursos de representantes de centrais sindicais que denunciaram o momento conturbado pelo qual passa a política no Brasil e a tentativa de retirada de direitos dos trabalhadores.
Uma das grandes participações no ato foi a do arquiteto, ativista e ganhador do Nobel da Paz, Adolfo Péres Esquivel, que mostrou-se solidário com o povo brasileiro que está em luta em defesa da democracia. “Não queremos mais golpes em nosso continente. Nesse momento, temos que deixar de lado as diferenças, porque há algo mais importante, que é a defesa da democracia no Brasil. A riqueza de um povo é sua diversidade, sua consciência crítica. Os povos da América Latina têm que estar unidos”, afirmou.
Adolfo, no final de sua fala, ainda deixou “um abraço com muita força e esperança” para os brasileiros continuarem de pé defendendo a soberania do povo.
A representante da Frente Brasil Popular, Silvia Marques, destacou a constante luta dos trabalhadores e defendeu que o momento atual é de tentativa de retirada de direitos. “Mais uma vez, reafirmamos, no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, que nossa luta é justa e digna. Hoje, homens e mulheres, com suas bandeiras em punho saem às ruas. Estejamos todos juntos com muita luta e resistência. Boa luta”, ressaltou.
Representando a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB/RS, o presidente, Guiomar Vidor, destacou que os políticos que defendem o impeachment, na verdade, querem acabar com a democracia e retirar os direitos dos trabalhadores. “Não podemos aceitar que eles tenham seu projeto implantado. Tivemos avanços e eles não aceitam isso. Querem acabar com a CLT e com os direitos dos trabalhadores”, ressaltou.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores CUT/RS, Claudir Nespolo, citou o histórico da data. “Em 1886, nesta data, teve início uma greve geral em Chicago, nos Estados Unidos, que foi reprimida fortemente pelo poder público, provocando um massacre na classe operária. Nessa época, no Brasil, a mão-de-obra ainda era escrava. A burguesia nunca esteve a favor dos trabalhadores, e hoje estamos nas ruas para denunciar o golpe financiado pelos patrões”, destacou.
“Em diversas regiões do Estado os trabalhadores saíram as ruas para reafirmar que não aceitam retiradas de direito, retrocessos e ataque a democracia. Reafirmamos nossa disposição de luta relembrando os trabalhadores que deram suas vidas em defesa dos trabalhadores”, destacou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
O ato também contou com intervenções culturais, onde os trabalhadores, em uma só voz, cantaram diversas músicas como “Apesar de Você”, de Chico Buarque, “Meu coração é vermelho” e uma adaptação de “Não deixe o samba morrer”: “Não deixe o sonho morrer, nem a mudança acabar. O povo não sente mais fome e tem casa pra morar”. O fechamento da mobilização contou com presença da Escola de Samba Imperatriz Dona Leopoldina, que embalou e contagiou os trabalhadores presentes.
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