A LUTA DOS EDUCADORES CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO SARTORI EM 2015


Durante o ano de 2015, os educadores gaúchos enfrentaram duros ataques do governo Sartori, que optou pela perseguição aos servidores, fazendo o parcelamento dos salários; pelo pagamento do décimo terceiro salário via empréstimo bancário; bem como pelo desrespeito ao cumprimento de direitos dos funcionários.

O combate à sonegação e o fim da isenção fiscal foram algumas das possibilidades apontadas pelo MUS para que o governo não usasse os baixos salários dos servidores como alvo, mas não era este o interesse do governo Sartori.

O Cpers Sindicato buscou a unidade dos servidores públicos, que formaram o MUS (Movimento Unificado dos Servidores) e juntos realizaram pela primeira vez na história do estado uma greve unificada de servidores, após a realização de uma assembleia unificada com a participação de cerca de 40 mil servidores.

Os educadores do Cpers Sindicato realizaram uma assembleia histórica reunindo quase 15 mil pessoas no Gigantinho, quando aprovaram participar da greve unificada, em agosto.

Durante todo o ano foram realizadas várias atividades, além da greve, acampamento e vigília na Praça da Matriz, pressão nos gabinetes dos deputados e nas galerias do plenário da Assembleia Legislativa, pressão nas bases dos deputados, audiências públicas nas câmaras de vereadores pelo estado, mídias de TV e rádio, panfletagem, cartazes. Fruto de toda esta pressão, o governo recuou no parcelamento de salários até dezembro, quando voltou com o terrorismo do décimo terceiro via empréstimo bancário, e ameaças de atrasar salários.

No dia 28 de dezembro, em seção extraordinária o governo enviou para a Assembleia Legislativa um pacote com vários projetos, entre eles alguns que retiravam direitos dos servidores.

Foi realizado um cercamento militar enorme no entorno da Assembleia, impedindo até as lideranças de conversarem com os deputados. Somente após a distribuição de senhas (30 para o Cpers) é que, por volta das 15 hs, foi permitido o acesso ao plenário. A sessão se estendeu até às 4 horas da  manhã do dia 29 de dezembro. Durante todo este tempo, as lideranças sindicais permaneceram pressionando, dialogando com os deputados, nas galerias.

Resultado: o PLC 206 foi aprovado com emendas. O PL que retira a licença prêmio, o que retira a cedência de servidores públicos para os sindicatos e outros, como a volta dos pedágios, foram retirados da pauta de votação e poderão voltar em fevereiro.

Diante deste quadro, precisamos refletir. O ano de 2015 chega ao fim, mas o governo Sartori vai até 2018, com sua concepção liberal, e nós educadores precisaremos estar vigilantes, redobrar nossa unidade e organização para a resistência e a luta em defesa de nossos direitos em 2016.

O Cpers Sindicato participará do Fórum Social em janeiro, com debate sobre a educação, e o Conselho Estadual da entidade também ocorrerá em janeiro, onde serão traçadas algumas diretrizes para o início do novo ano.

A verdade é que estaremos sempre atentos e a nossa unidade será a chave de nossa vitória.

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