Educadores decidem pela continuidade da greve, em Assembleia Geral do CPERS


Em Assembleia Geral realizada nesta sexta-feira, dia 24, professores e funcionários de escola decidiram pela continuidade da greve da categoria, que nesta sexta-feira, dia 24, completa 40 dias de paralisação.
No início da Assembleia foi comunicada a decisão de cada um dos 42 Núcleos do Sindicato sobre a manutenção ou a suspensão da greve, conforme decidido nas assembleias regionais. Após votação realizada por voto em urna, 730 decidiram pela manutenção da greve e 691 pela suspensão.
A última proposta apresentada pelo governo às pautas de reivindicação foi lida na íntegra para que a categoria votasse se aprovava ou não. O documento foi reprovado pelos educadores, pois consideraram que não responde as exigências da categoria.
“Não aceitamos a proposta, pois ela não atende as nossas reivindicações. Agora, a luta continua. A responsabilidade de aumentar e fortalecer a greve é de cada um e de cada uma de nós”, destacou a presidente da CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Após a decisão sobre a manutenção da greve, os educadores aprovaram as propostas de mobilização da categoria, conforme segue abaixo.

Propostas aprovadas:

  1. Fazer pressão sobre as Câmaras de Vereadores;
  2. Realizar campanha de mídia contra o PL 44/2016;
  3. Participar das mobilizações para transparência em relação as empresas que recebem incentivos fiscais do Governo;
  4. Organizar uma campanha para denunciar o Governo Sartori e seus aliados nas eleições municipais;
  5. Realizar Moção de Repúdio ao Governo, frente a violência do tratamento dado aos estudantes, educadores e apoiadores;
  6. Realizar uma campanha para denunciar a criminosa cobrança de juros sobre juros pela união das dívidas dos Estados e Municípios (até nov/dez) e o Acordo Temer – Governadores;
  7. Ingressar com Ação Judicial contra a cobrança inconstitucional de juros sobre juros da dívida do Estado com a União;
  8. Participar da Frente de Lutas em Defesa da Previdência e da CLT, que reúne Centrais Sindicais;
  9. Organizar um Congresso da Comunidade Escolar a partir da experiência das ocupações das escolas – debater a escola, a educação que queremos;
  10. Criar de comitê em defesa do serviço público, agregando forças com outras categorias, visto que o PL 44/2016 atinge toda a população;
  11. Mobilizar e debater com a comunidade escolar através de atos já demarcados, como “Defender a Escola Pública é Show” (espaço de arte em defesa da escola pública);
  12. Buscar os sindicatos de trabalhadores para formar Fórum em Defesa dos Direitos a níveis estadual e federal;
  13. Denunciar a sonegação do Estado e informar o valor;
  14. Participar do Ato em Defesa da Democracia da Educação Pública e dos Direitos dos(as) Trabalhores(as) em Educação, chamado pela CNTE, no dia 29/06/2016, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília/DF.
  15. Realizar Moção de Apoio a luta dos professores, estudantes, indígenas e movimentos sociais do México;
  16. Realizar Moção de Repúdio ao Deputado Marcel Van Hattem;
  17. Realizar Moção de Repúdio ao Tenente Coronel comandante do 15º BPM – Canoas, pela forma truculenta e desrespeitosa com que tratou os professores que ocuparam a 27º CRE de Canoas.

 

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