Hoje, 25 de julho, é um dia de profunda significância, pois comemoramos o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, juntamente com o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha.
Essa data, sancionada pela Lei n.º 12.987/2014, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), é carregada de memórias e histórias de lutas heroicas protagonizadas por mulheres negras que desafiaram as adversidades da escravidão e da opressão racial.
Tereza de Benguela, uma líder do quilombo Quariterê, foi uma inspiração, um símbolo de resistência e coragem. Em seu comando, esse reduto de liberdade desafiou a injustiça por duas décadas, lutando contra a escravidão, até que as forças opressoras do governo destruíram esse refúgio de esperança. As vidas que se perderam e as que foram aprisionadas são uma lembrança dolorosa de como a história foi marcada por sofrimento e injustiça.
Hoje, olhamos para as estatísticas alarmantes que mostram as desigualdades gritantes enfrentadas pela população negra, especialmente pelas mulheres. Cada número representa uma vida, um rosto, uma história afetada pelo racismo e pela exclusão social. É uma realidade que nos fere profundamente e clama por mudança.
O encontro histórico de mulheres negras em Santo Domingo, em 1992, foi um momento de união e esperança. Ele deu origem à Rede de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, que junto à ONU, lutou incansavelmente para garantir o reconhecimento desta data, para que o mundo inteiro saiba da força e da resiliência dessas mulheres.
Mas, ao mesmo tempo, é doloroso perceber que ainda hoje, o preconceito e o racismo estrutural persistem. O movimento feminista tem sido uma luz, mas ainda há muito a ser feito para enfrentar o desafio de incluir e valorizar todas as mulheres, incluindo as negras e transsexuais.
Como diz, Conceição Evaristo, uma das vozes mais importantes da literatura brasileira contemporânea: “a nossa sobrevivência não pode ser lida como histórias para ‘ninar os da casa grande’, e sim para incomodá-los em seus sonhos injustos”.
Por isso, o CPERS, representado pelo Coletivo Estadual de Igualdade Racial e Combate ao Racismo e pelo Departamento de Gênero e Diversidade, faz um chamado para que cada um e cada uma se levante e se comprometa a lutar pela igualdade, pelo fim do racismo, pela valorização de todas as vozes e vidas negras.
Juntos(as), podemos criar um mundo onde cada mulher negra possa ser vista, ouvida e respeitada, onde cada uma possa ser livre para viver sua vida com dignidade e amor.
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