Diante do aumento de casos de violência e ameaças ao bem-estar de educadores(as), estudantes e da comunidade escolar, o CPERS vem a público cobrar urgência na adoção de medidas de segurança nas instituições de ensino gaúchas.
As secretarias estaduais de Educação (Seduc) e Segurança Pública (SSP), cuja obrigação é garantir a proteção destes espaços, devem, urgentemente, publicar protocolos de segurança e orientações, a fim de evitar uma tragédia em nosso estado.
A violência no espaço escolar é reflexo imediato da flexibilização das políticas de acesso a armas e o aumento do discurso de ódio, perpetrado nos últimos quatro anos pelo governo Bolsonaro (PL), e que precisa ser interrompido.
Indiretamente, outro ponto que influencia neste aumento da violência está no fato de que os últimos governos estaduais diminuíram, significativamente, a presença de orientadores(as) pedagógicos, supervisores(as) e monitores(as) nas escolas, profissionais que ajudam na identificação de casos que merecem atenção, antes que o problema aconteça.
É preciso também uma reestruturação pedagógica, com foco no combate ao negacionismo, às fake news e ao extremismo. A promoção de uma cultura de paz, tolerância, não-violência, respeito à diversidade e inclusão nas escolas é um dos caminhos para acabar com essa onda extremista que estamos vivenciando.
O Sindicato, desde o fim de março, está cobrando uma audiência com a Seduc e a SSP para tratar sobre a segurança de professores(as), funcionários(as) de escolas e alunos(as) da rede pública estadual de ensino e seguirá vigilante no tema para garantir ações preventivas para evitar ataques às escolas brasileiras.
Ressaltamos que o governo federal, através do Ministério da Justiça e Segurança Pública, abriu um canal na internet para recebimento de informações de ameaças e ataques contra as escolas, dentro da Operação Escola Segura, que teve início na última quinta-feira (6). Todas as denúncias são anônimas e as informações enviadas serão mantidas sob sigilo. Clique aqui para saber mais.