Sociedade de Infectologia do RS emite alerta sobre gravidade da pandemia


A Sociedade Riograndense de Infectologia (SRGI) emitiu neste domingo (12) uma nota de alerta sobre o avanço do coronavírus no Rio Grande do Sul.

O documento afirma que o estado vive uma grave situação epidemiológica e que “as medidas adotadas até o momento serão insuficientes” para conter a doença. A entidade ainda alerta para um possível colapso no sistema de saúde do estado.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o Rio Grande do Sul tem 962 mortes e 39.240 casos confirmados de Covid-19 no último levantamento divulgado no domingo.

Leia a nota completa:

Sociedade Riograndense de Infectologia (*)

Conforme dados oficiais da Secretaria Estadual de Saúde (SES), o Rio Grande do Sul atingiu mais de 35 mil casos de COVID-19 e mais de 800 pessoas perderam a vida;

  • Conforme dados oficiais da Secretaria Estadual de Saúde (SES), o Rio Grande do Sul atingiu mais de 35 mil casos de COVID-19 e mais de 800 pessoas perderam a vida;
  • Em Porto Alegre, foram confirmados mais de 4 mil casos e pelo menos 141 pessoas já morreram devido a COVID-19. No último mês houve um crescimento de 3 vezes do número de casos confirmados e mortes, sendo que o total de óbitos por COVID-19 duplicou nas duas últimas semanas;
  • A epidemia está em crescimento acelerado no Rio Grande do Sul, determinando impacto na capacidade de atendimento hospitalar, particularmente em Unidades de Terapia Intensiva;
  • A velocidade de propagação da epidemia gera demanda adicional ao sistema de saúde que já enfrentava sobrecarga prévia ao surgimento da epidemia, impactando na assistência a outras doenças.
  • A diminuição de recursos humanos por adoecimento de profissionais de saúde é uma realidade e agrava ainda mais a situação dos hospitais.

Neste momento crítico da pandemia é essencial afirmar que:

  1. É preciso evitar exposições preveníveis à COVID-19, estabelecendo como prioridade a defesa incondicional da vida das pessoas;
  2. Entendemos que as medidas adotadas até o momento serão insuficientes para conter a pandemia que está evoluindo para um grave comprometimento do atendimento de pacientes com COVID-19 e daqueles que apresentam outras doenças;
  3. É essencial que todos setores da sociedade – gestores, setores empresariais e de trabalhadores – planejem, desde já, estratégias para que a população, sobretudo os grupos mais vulneráveis, consiga enfrentar medidas de isolamento mais rigorosas que serão necessárias para efetiva modificação da evolução da pandemia;
  4. Esperamos que medidas mais rigorosas sejam consideradas e organizadas antes do atingimento do colapso do sistema de saúde, cenário que acarretará diversas mortes evitáveis.

Diretoria da Sociedade Riograndense de lnfectologia – Comitê ad hoc COVID-19: Alexandre V. Schwarzbold, Alexandre Prehn Zavascki, Ronaldo Campos Hallal e Diego Rodrigues Falci.

Imagem destaque: Amanda Perobelli / Agência Reuters

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