Sartori está destruindo a escola pública


Paredes rachadas, cadeiras e mesas quebradas, infiltrações, energia elétrica cortada, falta de alimentos para a merenda e de materiais básicos para a limpeza. Esta é a realidade atual das escolas estaduais do Rio Grande do Sul, fruto do descaso do governo Sartori (PMDB) com educadores, alunos, pais e comunidade escolar e que afeta, diretamente, a qualidade da educação pública gaúcha.
Como se não bastasse, uma grande parcela dessas instituições encontra-se sitiada pela violência, sendo obrigadas a conviver com tiroteios, assaltos, arrombamentos e tráfico.
Além do medo, da insegurança e da falta de estrutura adequada, o governo Sartori realiza o desmonte da escola pública através de enturmações, fechamento de turmas e escolas, diminuição da carga horária de disciplinas importantes e aumento das horas aulas, colocando o recreio como hora atividade, fazendo com que os professores precisem cumprir 16 períodos, aumentando assim sua carga horária, sem aumento de salário.
Para atacar a categoria, desvaloriza professores e funcionários de escola através do atraso e parcelamento de salários, mês após mês, além das ameaças constantes de retirada de direitos históricos dos educadores.
Apesar de ser Lei, o Rio Grande do Sul não paga o Piso Salarial do Magistério, que atualmente está defasado em 69,44%. Nem sequer o reajuste de 8,13% pago ao Judiciário, está sendo repassado aos educadores.
Este governo já deixou claro sua intenção: a de sucatear a educação pública para justificar a privatização das instituições.

Nenhum retrocesso, nenhum direito a menos

Na última Assembleia Geral do CPERS, dia 18 de março, os educadores decidiram pela construção da greve da categoria. Logo após o término da Assembleia, a Direção Central do CPERS entregou um documento com a pauta de reivindicações de professores e funcionários de escola e exigiu a abertura de uma Mesa de Negociação. Nesta Mesa, o Sindicato exigiu a presença do secretário da Educação, Vieira da Cunha, da Fazenda, Giovani Feltes e da Casa Civil, Márcio Biolchi.
“Nossa categoria já enfrenta décadas de desvalorização e descaso dos governos com a educação. Foi somente através de fortes mobilizações que conseguimos impedir que os nossos direitos fossem retirados. Estamos construindo uma forte greve para barrar os ataques deste governo”, afirma a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
No dia 13 de maio, será realizada nova Assembleia Geral do CPERS, na qual a categoria, através de votação, irá definir sobre os rumos da mobilização.

 O que Sartori deu ao Magistério até agora:

-Não cumprimento da Lei do Piso;
-Defasagem de 69,44% do Piso Salarial do Magistério;
-Salários atrasados e parcelados;
-13º salário parcelado;
-Enturmações;
-Fechamento de turmas;
-Fechamento de escolas;
-PL44: prevê a privatização das escolas públicas;
-PEC 242: quer acabar com a licença-prêmio;
-Mudança curricular reduzindo disciplinas importantes;
-Estrutura precária nas escolas;
-Insegurança dentro do ambiente escolar;
-Ameaça de demissão de concursados;
-Ameaça de militarização das escolas;
-Clima de insegurança e terrorismo entre a categoria;
-Número insuficiente de professores e funcionários de escola em muitas instituições.

 

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