O governo de Michel Temer segue batendo recordes negativos. De acordo com a pesquisa realizada pelo Datafolha, 82% dos brasileiros acham sua gestão ruim ou péssima. A crise provocada pela greve dos caminhoneiros e a situação da economia do país só aumentaram sua impopularidade.
O índice de pessoas que reprovam Temer subiu 12 pontos percentuais em relação a abril, momento em que ele era rejeitado por 70% dos entrevistados. Agora, o emedebista quebra seu próprio recorde como presidente mais impopular desde a redemocratização do Brasil. Segundo o levantamento, realizado na quarta (6) e quinta-feira (7), depois da greve dos caminhoneiros, somente 3% dos pesquisados acham o governo de Temer ótimo ou bom; 14% avaliam como regular.
A rejeição subiu em todas as faixas de renda e escolaridade e também nas cinco regiões do país. No Nordeste, outro recorde. Temer é rechaçado por 87%. No Sul e Sudeste, 80%. O levantamento indica, ainda, que as Forças Armadas são a instituição em que a população mais confia, mesmo com pequena queda na percentagem. Passou de 43% em abril para 37%. A taxa de credibilidade mais baixa é dos partidos políticos: 68% não confiam; 67% não acreditam no Congresso e 64% não confiam na presidência.
Ainda sobre a impopularidade do governo Temer, de cada 10 brasileiros, 7 avaliam que a economia do país piorou nos últimos meses. A insatisfação com o governo aparece na resposta à outra pergunta da pesquisa. Para 32% dos brasileiros, a situação do país vai piorar até o final do ano.
A desaprovação das medidas implementadas por Temer em meio a greve dos cainhoneiros e a alta do dólar fizeram subir em 20 pontos o número de pessoas que viam alguma melhora no quadro do país. Na pesquisa concluída na última quinta-feira, apenas 6% dos brasileiros encontraram algum ponto de melhora no quadro nacional.
A pesquisa também apontou uma reversão na opinião nacional quanto ao futuro. Até abril, o conhecido otimismo do brasileiro era superior. A pesquisa divulgada neste domingo pela primeira vez este ano apontou um número de pessimistas maior. São ao todo 32% os que acreditam que o país terá um futuro nebuloso nos próximos meses, contra 26% dos que acreditam em melhora da economia.
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