A articulação da luta por valorização salarial foi a tônica do debate do Conselho Geral do CPERS, na última quarta-feira (14).
Com veiculação no horário nobre do Fantástico de peça publicitária, o Sindicato lançou uma intensa campanha, no último domingo (18), focada no diálogo com a sociedade e na exposição das dificuldades enfrentadas pela categoria.
Além das inserções em rádio e TV e ações coordenadas nas redes sociais, o CPERS prepara mobilizações presenciais.
Para exigir reposição salarial e o pagamento dos salários cortados por Eduardo Leite (PSDB) durante a greve de 2019, o Sindicato realizará vigílias na Praça da Matriz todas as terças-feiras. A primeira ocorre já neste dia 20 de julho.
“Em um primeiro momento da campanha, vamos dialogar com a sociedade gaúcha para que ela venha conosco. Também utilizaremos as redes sociais e rádios do interior e da capital, além de outdoors. A campanha completa deverá ocorrer até o final de agosto com o intuito de fazer o chamamento para a mesa de negociação salarial”, afirmou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Nesta quarta-feira (21), CPERS e Casa Civil do governo têm audiência para discutir salário, tema urgente à categoria, com a presença do secretário-chefe Artur Lemos e do líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Frederico Antunes (PP).
A pressão também se dá na Câmara de Vereadores com as Moções de Apoio por salário digno aos educadores da rede estadual; mais de 170 já foram aprovadas nas Câmaras Municipais.
“É óbvio que os deputados estão vendo os seus vereadores, os seus cabos eleitorais se comprometendo com a causa da categoria e começam a se preocupar. Estamos fazendo pressão em todos os espaços políticos, pressionando os deputados e vereadores, fazendo esse debate com a sociedade e mostrando que não é possível continuar onde estamos”, asseverou a presidente Helenir.
Outro ponto pautado no Conselho foi a articulação da luta contra a Reforma Administrativa (PEC 32). O CPERS e demais entidades que integram a Frente de Servidores Públicos (FSP/RS) iniciaram, na sexta (16), as mobilizações regionais contra a Reforma com ato em frente ao escritório do deputado Osmar Terra (MDB), em Santa Rosa, com pressão sobre o seu voto.
“É importante a gente denunciar na cidade, onde ele tem o seu curral eleitoral, o que significa a Reforma e quem vai pagar a conta, que é o trabalhador; temos que fazer essa luta com muita força”, destacou Helenir.
Durante a reunião, os eleitos na segunda etapa do processo eleitoral do CPERS foram empossados.
As propostas aprovadas pelo Conselho também envolvem a exigência de imunização de todos os educadores e comunidade escolar, além de testagem em massa, como condicionantes ao retorno das aulas, campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis aqueles que estão passando por necessidades financeiras, pressão para que os descontos retroativos cessem, entre outras.
As demais propostas enviadas pelos Núcleos e pelos conselheiros foram acolhidas pela Direção e serão analisadas em breve.
Confira a íntegra das propostas:
- Exigir do Governo que o retorno as aulas só aconteça quando professores/as, funcionários/as, alunos/as e pais estiverem totalmente imunizados e respeitando os devidos protocolos sanitários com testagem em massa;
- Intensificar e fortalecer a Campanha Salarial através das mídias tradicionais e nas redes, com o compartilhamento do material produzido contendo a realidade tão sofrida da nossa categoria(professores/as, funcionários/as e aposentados/as);
- Produzir uma SINETA sobre a Reforma Administrativa e Campanha Salarial e reformulação do Ensino Médio;
- Intensificar o pedido de Moções de Apoio nas Câmaras de Vereadores de todos os municípios;
- Convocar Ato Estadual dia 13/08 onde também será feita a entrega das Moções ao Governo;
- Participar dos Atos Fora Bolsonaro do dia 24 de julho. Chamar a categoria para participar do Ato Fora Bolsonaro e Leite e exigir a reposição salarial. Respeitando todos os protocolos sanitários;
- Exigir que o Governo pare com os descontos retroativos que estão afetando ainda mais a categoria que já esta empobrecida e há 7 anos sem reajustes;
- Solicitar que os Núcleos façam campanhas de arrecadação de alimentos não perecíveis para distribuir aos colegas que estão passando necessidades;
- Participar ativamente das atividades da CONAPE com foco na qualidade da Educação Pública.