Pressão de educadores no CAFF completa 4 dias sem que o governo abra a Mesa de Negociação


Nesta quinta-feira, dia 16, completam-se quatro dias da permanência dos educadores que integram o Comando de Greve do CPERS, no Centro Administrativo Fernando Ferrari – CAFF. O grupo ainda aguarda a apresentação de pelo menos uma proposta do governo Sartori (PMDB) as reivindicações da categoria, entregues no dia 13 de maio. Os educadores gaúchos estão em greve há 33 dias sem que o governo manifeste interesse em resolver a situação.
Antes dos educadores realizarem a ação no CAFF, foram realizadas quatro reuniões com representantes do governo e ontem uma audiência conciliatória no Foro Central, sem que o governo abrisse a Mesa de Negociação com a categoria.
Durante o decorrer desta quinta-feira, os educadores que permanecem no CAFF receberam oficiais de justiça que solicitaram a saída do grupo e diversas ameaças de entrada da Brigada Militar para a retirada forçada dos educadores.
Alguns deputados também estiveram no local para prestar apoio à reivindicação e comunicar que iriam conversar com o chefe da Casa Civil, Marcio Biolchi, para pedir que não haja truculência contra os educadores. Os parlamentares também afirmaram que irão denunciar à Comissão de Direitos Humanos que, há dois dias, o governo Sartori (PMDB), como forma de pressão para o fim da manifestação, cortou o acesso dos manifestantes a rede de água do local.
O secretário de Educação, Luís Antonio Alcoba de Freitas, também esteve no CAFF, acompanhado de outros secretários do governo. Porém, não apresentou nenhuma proposta às pautas prioritárias apresentadas pelo Comando de Greve do CPERS (a retirada do PL 44, o fim do Reenquadramento do Difícil Acesso e a questão da hora atividade), nem a apresentação de um calendário para o pagamento do Piso, no plano de carreira, após a renegociação da dívida do Estado. Alcoba foi até o local apenas para, mais uma vez, exigir a saída dos educadores sem dar garantia nenhuma de avanço no atendimento das demandas necessárias para que haja respeito aos direitos dos educadores e uma educação pública de qualidade.
“O governo podia ter resolvido esta situação ainda na segunda-feira, quando estávamos reunidos com representantes do Estado. Ontem, teve mais uma chance na audiência conciliatória. Propomos todas as possibilidades de diálogo e negociação, mas não nos apresentaram nada. Por isso, continuaremos aqui, sem recuar, até que o governo apresente ao menos uma proposta concreta às nossas justas reivindicações”, afirmou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

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