Presidente do CPERS debate reforma do Ensino Médio na Feira do Livro


Nesta quarta-feira (8), a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, participou do painel sobre a “Oferta do Ensino Médio no Rio Grande do Sul e as alterações introduzidas pela Lei Federal 13.415/2017”. A atividade, organizada pelo Conselho Estadual de Educação (CEED), ocorreu às 9h, no Auditório do Memorial do Rio Grande do Sul, na Feira do Livro, de Porto Alegre.
A mesa foi composta por professores, especialistas no assunto, representantes sindicais, estudantes e pais. Todos, em suas falas, chegaram ao denominador comum, de que não há reforma no Ensino Médio se os mais interessados, professores, estudantes e pais, não forem ouvidos. “Como fazer uma reforma se os autores principais não foram ouvidos? Temos que ouvir os professores, que são quem está no chão da escola, quem convive diariamente com os estudantes”, afirmou a doutora em Educação, representante da Associação de Escolas Superiores de Formação de Profissionais do Ensino (Aesufope) Margareth Fadanelli Simionato.
“É preocupante tirar história e sociologia como matérias obrigatórias, pois são importantes para nos tornarem seres pensantes. Para refletirmos o que aconteceu e o que está acontecendo no mundo. Nós estudantes, vemos a reforma do ensino médio como um grande retrocesso na educação pública. É a precarização e a privatização da nossa educação”, afirmou Gleison Carvalho da União Gaúcha dos Estudantes (UGES).
Para o estudante Felipe Aichen, representante da União Estadual dos Estudantes do Rio Grande do Sul (UEE Livre), a reforma do Ensino Médio ainda precisa ser muito discutida.

Até no tempo da Ditadura Militar as reformas foram mais democráticas
A presidente do CPERS, destacou que a reforma na educação no tempo da Ditadura Militar, foi mais democrática que as reformas que estamos vivenciando ultimamente. “Temos que concordar que o ensino médio não vai bem no Brasil, mas isso não é de agora. Nas ocupações dos estudantes, eu vi eles querendo debater e salvar a escola pública. O governo não viu, não se interessou em ouvi-los”, destacou.
Helenir também ressaltou que em qualquer tipo de debate sobre a educação é importante a participação de todos, pais, estudantes e a comunidades escolar. “Se permitirmos, a cada dia, eles (governo) irão nos tirar alguma coisa, algum direito. Por isso, é tão fundamental a participação de todos. Para a construção de qualquer coisa precisamos da opinião de todos os lados que participam. O CPERS estará sempre lutando e debatendo por uma educação pública de qualidade”, concluiu.
A presidente ainda destacou os 64 dias de Greve dos educadores. “Nossa Greve já teve algumas vitórias, as folhas não se encontraram como previa o governo no mês de setembro, aumentamos a parcela de R$350 para R$ 1.500. Mas ainda assim o que o governo Sartori faz com funcionalismo público é desrespeitoso. Estaremos sempre firmes em defesa dos nossos direitos”, finalizou.

 

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