Porto Alegre tem maior aumento da cesta básica em fevereiro no Brasil, aponta Dieese


Na passagem de janeiro para fevereiro, o valor da cesta básica em Porto Alegre registrou alta de 3,40%, passando a custar R$ 695,91.

Os preços da cesta básica, mais uma vez, subiram em todas as 17 capitais; Porto Alegre é a quarta mais cara do país, atrás de São Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro, aponta levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado na última quarta (9).

>> Leia a íntegra do levantamento do Dieese aqui

A alta no valor dos alimentos teve variações que oscilaram entre 10%, em Porto Alegre, e 23%, em Campo Grande.

Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, 12 ficaram mais caros: a batata (29,23%), o feijão (6,66%), o tomate (6,36%), o café (4,86%), o leite (2,66%), a carne (2,32%), a manteiga (1,90%), o pão (1,86%), a farinha de trigo (1,62%), o óleo de soja (0,56%), o arroz (0,48%) e o açúcar (0,45%). O único item que teve queda de preço foi a banana (-1,21%).

Em 12 meses, dez itens tiveram aumento nos preços; as maiores altas foram verificadas no café (64,70%), açúcar (49,17%), tomate (16,91%), farinha de trigo (15,75%) e carne (15,53%). O arroz (-25,93%), a banana (-11,75%) e a batata (-6,67%) ficaram mais baratos.

Aumento em todas as capitais

Em fevereiro, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em todas as capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas ocorreram em Porto Alegre (3,40%), Campo Grande (2,78%), Goiânia (2,59%) e Curitiba (2,57%).

Salário minimo x Cesta Básica

Com base na cesta mais cara de fevereiro, o Dieese calculou em R$ 6.012,18 o salário mínimo necessário para as despesas básicas de uma família com quatro integrantes. Esse valor corresponde a 4,96 vezes o mínimo oficial de R$ 1.212. A proporção aumentou ligeiramente em relação a janeiro (4,95 vezes) e está pouco abaixo da verificada em fevereiro de 2021 (4,98).

Em fevereiro de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.375,05, ou 4,89 vezes o mínimo vigente na época, de R$ 1.100,00.

Também aumentou a parcela necessária da renda para comprar os produtos. Quem ganha salário mínimo compromete 56,11% da renda líquida com a cesta básica, mais do que em janeiro (55,20%) e do que há um ano (54,23).

 

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