Plenárias em Ijuí, Bagé e Passo Fundo preparam a categoria para a luta contra a retirada de direitos


Na segunda semana de realização das plenárias regionais, a direção central do CPERS esteve nos Núcleos de Ijuí (31º), Bagé (17º) e Passo Fundo (7º). Acompanhados da assessoria jurídica do Sindicato, os dirigentes alertaram a categoria sobre as consequências da reforma da previdência proposta por Bolsonaro e ressaltaram a importância de discutir a pauta salarial e a fundamental participação de todos(as) professores(as) e funcionários(as) de escola na Assembleia Geral e Popular, que ocorre dia 12 de abril, às 13h30, na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre.

“Esta reforma ignora o caráter insalubre da profissão de educador. Retira da Constituição e passa para a lei complementar as definições de benefícios previdenciários. Ou seja, é muito mais fácil para conseguir quorum e votação para aprovar”, observou o advogado Douglas Ambrozi ao abordar as consequências da reforma.

“A cada dia que olhamos novamente o que prevê essa proposta encontramos novas armadilhas para a retirada dos nossos direitos. Temos que formar uma forte resistência para lutar contra a aprovação dessa perversa proposta que, na verdade, quer inviabilizar a aposentadoria de todos(as) trabalhadores(as)”, avaliou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, durante a plenária realizada no 17º Núcleo – Bagé.

“Estamos sofrendo ataques muito graves de todos os lados. Os esclarecimentos que tivemos hoje deve retornar para as escolas. Temos que compartilhar essas informações para alertar os nossos colegas e a comunidade”, observou a diretora do 17º Núcleo, Delcimar Delabary Vieira

Em todas as plenárias é apresentada uma análise geral sobre as regras previstas na proposta de reforma da previdência. Para a análise de casos individuais, o Sindicato orienta aos seus associados a acompanharem a agenda da assessoria jurídica em seus núcleos.

Espanto e indignação eram as reações dos(as) centenas de educadores(as) que acompanharam as plenárias realizadas nesta quarta-feira(13). A maioria desconhecia os graves efeitos que a reforma da previdência pode causar em suas aposentadorias. “Eu não tinha conhecimento de algumas informações que ouvi hoje. Isso é fundamental, pois não podemos absorver apenas o que a grande mídia passa”, considerou o professor Leandro de Jesus Dias Lopes, que também é vice-diretor do 17º Núcleo.

A professora dos anos iniciais e de ensino religioso, Claire Maria Amaral, considera que não é mais possível admitir a não participação dos(as) educadores(as) em espaços que disponibilizam informações e orientações sobre os riscos da reforma. “Lamento muito pelos que não estiveram aqui hoje, pois tivemos a oportunidade de aprofundar e detalhar este tema crucial para todos nós. Não podemos ficar acomodados”, observou.

Além de professores(as) e funcionários(as) de escola, as plenárias contaram também com a presença de estudantes, como no Núcleo de Ijuí. “Foi muito boa a participação da nossa categoria. Ficamos orgulhosos em ver os alunos da escola Pindorama, conscientes de que se essa reforma passar eles também serão atingidos”, avaliou o diretor do departamento de Organização Estatutária e Comunidade Escolar, Cássio Ritter.

O salão da igreja Sagrado Coração de Jesus, em Panambi, cidade que integra o Núcleo de Passo Fundo, ficou lotado de educadores(as) interessados(as) em defender seus direitos. “Foi uma tarde muito produtiva, pois tivemos a participação de colegas de vários municípios da região”, avaliou a vice-presidente do CPERS, Solange Carvalho, que pela manhã, acompanhada de dirigentes do Núcleo, visitou escolas da região

Pauta Salarial

A pauta salarial também foi pauta das plenárias. Helenir apresentou estudo feito pelo Dieese que demonstra o descaso do governo com a categoria. “Estamos a três anos com o 13º parcelado, entrando no 40º mês de salário parcelado e fechando o 5º ano sem reajuste. Além disso, atualmente é necessário 102,9% de reajuste no salário base dos educadores (as) para o governo pagar o Piso. Por isso, este ano temos que centrar a nossa luta fortemente na questão salarial.”, destacou.

Diante do cenário de desvalorização, a presidente do Sindicato orientou os(as) educadores(as) a discutirem em suas assembleias regionais qual a orientação para a pauta salarial da categoria. “Discutiremos as propostas na Assembleia, pois nada será aprovado ou rejeitado sem ser neste espaço de decisão da categoria”, afirmou destacando a necessária presença de todos(as) professores(as) e funcionários(as) de escola na Assembleia Geral e Popular, que ocorre no dia 12 de abril, na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre.

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