Levantamento realizado pelo CPERS nesta terça-feira (19), junto a 37 dos 42 núcleos do Sindicato, aponta que pelo menos 601 instituições de ensino já aderiram totalmente à mobilização e 575 atendem parcialmente, com severa falta de educadores(as).
Entre as parciais, muitas escolas funcionam com apenas 5% dos quadros.
O CPERS estima que cerca de 70% dos trabalhadores da educação engajaram-se na greve. “É um movimento crescente. Como muitas das escolas paredistas são as maiores de suas regiões, o percentual da categoria que cruzou os braços é seguramente mais elevado”, afirma a presidente Helenir Aguiar Schürer.
Diversas escolas ainda realizam reuniões para deliberar a participação na greve ao longo desta terça-feira, e a tendência é de novas adesões durante a semana.
No levantamento, faltam os dados referentes aos núcleos de Gravataí, Santana do Livramento, Ijuí, Taquara e Palmeira das Missões.
Mobilização
A próxima Assembleia Geral da categoria está marcada para a terça-feira (26), às 13h30, na Praça da Matriz.
Na segunda, o Comando de Greve volta a se reunir para realizar o balanço da primeira semana de greve e discutir as ações de mobilização.
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A greve
A greve foi deflagrada após o protocolo na Assembleia Legislativa, por parte do governo Eduardo Leite, do pacote que ataca duramente os trabalhadores(as) em educação.
Em pauta, salário em dia, reajuste imediato e a derrubada dos projetos de destruição da escola pública.
Trata-se do mais amplo e profundo ataque já realizado aos educadores(as) da rede estadual.
Os projetos preveem o extermínio de direitos e vantagens, fim da incorporação de gratificações na aposentadoria, um brutal achatamento da carreira e o congelamento de salários por tempo indeterminado, além da taxação de aposentados(as) que ganham menos.
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