Na manhã desta terça-feira (16), na Assembleia Legislativa foi lançado o Observatório da Educação Pública do Rio Grande do Sul pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa. O documento faz uma radiografia da rede educacional gaúcha, trazendo informações de uma década da estrutura, Piso do magistério gaúcho, investimentos, resultados e programas da educação no Estado. O Observatório foi elaborado com dados de diferentes instituições, como a Secretaria da Fazenda do Estado, a Secretaria da Educação, a Secretaria de Planejamento e Gestão, o Ministério da Educação (MEC), o INEP, o Ministério Público e o Tribunal de Contas.
Sofia fez uma breve análise sobre o documento, mostrando o descaso dos últimos governos com os(as) educadores(as) e com a educação pública no Estado. “Que daqui um ano possamos comemorar indicadores melhores e que possamos dizer que fizemos o melhor pela educação gaúcha”, finalizou.
“Quando colocamos no papel os dados, é o retrato da dor. O que presenciamos em audiências e reuniões é lamentável. O que o nosso observatório está mostrando não é bom. Não há projetos estaduais e federais para melhorar a educação pública. Então o que sabemos é que no segundo semestre teremos muito trabalho”, avaliou o deputado Fernando Marroni.
Para o deputado e vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, Issur Koch o observatório destaca o caos na educação pública no Estado e ressalta que a culpa não pode ser terceirizada para a escola e os(as) educadores(as). Segundo ele a responsabilidade é do governo que não cumpre com os seus deveres, de investir na educação e valorizar os(as) professores(as) e funcionários(as) de escola.
O 2º vice-presidente do CPERS, Edson Garcia parabenizou a comissão, elogiou o caderno pelos dados contidos e relatou o estado de miserabilidade da categoria que amargam 43 meses de salários atrasados/parcelados e mais de quatro anos sem reajuste salarial.
“Muitas pessoas pensam que os professores e funcionários são privilegiados e os dados aqui mostram que não, quando vocês se surpreendem que o valor do salário não é para 20h mas 40h, quando vemos que tem colegas doentes sendo demitidos, quando vemos que não são mais feitos concursos públicos, quando escolas estão sendo fechadas. É uma grande preocupação nossa do CPERS de ver que a educação não prioridade do governo”, afirmou.
Edson destacou a importância do governo de Eduardo Leite e os outros parlamentares que não estavam presentes terem acesso ao documento. “Esperamos que os outros deputados tenham conhecimento desses dados e passem à nos enxergar professores, funcionários de escola e toda comunidade escolar com a real importância que merecemos”, finalizou Edson.