Novas entidades manifestam apoio à greve e a luta dos educadores gaúchos


A greve da educação, iniciada na segunda-feira (18), segue crescendo e recebendo apoio contra o pacote desumano do governo Eduardo Leite, que ataca brutalmente direitos históricos da categoria.

Entidades representativas do funcionalismo público, universidades federais e sindicatos de professores são algumas das que enviaram manifestações de solidariedade ao magistério púbico estadual.

Já ultrapassamos a marca de 1.500 escolas paralisadas e todos os dias novas instituições aderem à greve, que vem se consolidando como uma das maiores da trajetória de lutas do sindicato.

O CPERS agradece a todas as importantes manifestações de apoio que vem recebendo. Elas são fundamentais para fortalecer a justa luta contra o desmonte da escola pública e os direitos dos educadores gaúchos

ADUFPEL SSIND 

A Diretoria da ADUFPel, seção sindical do ANDES Sindicato Nacional, declara apoio irrestrito à greve das professoras e dos professores da rede estadual do Rio Grande do Sul. Além de manter e agravar a perversidade do parcelamento salarial, que tem levado docentes à depressão e por vezes até mesmo ao suicídio, o governador Eduardo Leite agora apresenta um novo pacote de maldades que amplia a precarização da Educação Básica no Estado. Assim, a diretoria convoca as professoras e professores da Universidade Federal de Pelotas e do IFSul Câmpus Visconde da Graça a se somarem aos atos/mobilizações chamados pelo CPERS Sindicato. Se o futuro é a educação, a luta é no agora!

Pelotas, 19 de novembro de 2019.

A Diretoria

CNTE

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade representativa dos profissionais da educação básica do setor público brasileiro, vem por meio desta se solidarizar de forma incondicional com o movimento grevista dos/as educadores/as do Estado do Rio Grande do Sul e ao seu sindicato CPERS.

Em resposta a denominada “Reforma Estrutural” do Governador Eduardo Leite, e depois da exitosa paralisação de todas as carreiras de servidores públicos do Estado no último dia 14, os/as educadores/as estaduais decretaram greve por tempo indeterminado desde o dia 18 de novembro. O pacote de maldade do Governo Leite traz enormes prejuízos ao conjunto dos/as trabalhadores/as do setor público do Estado e a resposta está vindo das ruas de todas as suas cidades, já que o gestor faz ouvidos moucos às reivindicações das categorias.

É draconiana a medida que, na prática, põe fim às progressões das carreiras, deixando-as à mercê da boa vontade dos administradores de plantão, o que, em última instância, fere o princípio da legalidade e impessoalidade da administração pública. Acabar com as gratificações por tempo de serviço implica em outra maldade do governador que criará uma distorção sem precedente na organização das carreiras do Estado, pondo fim, a rigor, ao próprio conceito de carreira. A cobrança de alíquota previdenciária ao/à servidor/a aposentado/a é outra aberração que expressa uma injustiça sem tamanho feita a servidores que recebem pouco mais de um salário mínimo.

No campo propriamente da educação, é inadmissível o quinto Estado mais rico da Federação pagar um dos piores salários para os/as seus/uas professores/as. É importante deixar claro que esse pacote do Governo Leite é um projeto liberal e de massacre da classe trabalhadora levado a cabo pelo Governo Bolsonaro. Todo nosso apoio às educadoras e educadores do Rio Grande do Sul! Como dizia o poeta, estes que atravancam nosso caminho, passarão!

Brasília, 20 de novembro de 2019.

Direção Executiva da CNTE

SINTE- ARARANGUA

O SINTE- ARARANGUA (Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública do Estado de Santa Catarina) expressa solidariedade e apoio à greve dos Professores da rede estadual do estado do Rio Grande Do Sul, iniciada no dia 18 de novembro.

Os trabalhadores em Educação a longos 5 anos sofrem com salários defasados, parcelados, sucessivos governos fora da lei negligenciam o piso nacional do magistério, trazendo a dura realidade do salário mais baixo pago aos professores entre os estados do Brasil, não bastasse está realidade o governo de Eduardo Leite encaminha projeto de lei para alterar o plano de carreira dos professores, aprofundando o arrocho salarial, congelando salários por anos e retirando direitos, manobrando com os mesmos em uma tentativa de burlar a lei do piso nacional do magistério já negligenciada.

Com esta atitude o governo mostrar uma clara pretensão de aniquilar com este serviço público, bem maior da sociedade riograndense e brasileira. Frente a estes ataques nos solidarizamos com os colegas do estado vizinho, nos colocando à disposição para a luta nesta guerra que a muito tempo deixou de ser regionalizada, urge a necessidade de mobilização de toda a sociedade para barrar estes ataques.

Aos colegas força para lutar aguerridamente, aos alunos consciência para seguir construindo conhecimento junto a seus mestres em outras salas de aula, aos pais grandeza para entender o momento e se colocar ao lado daqueles que diariamente buscam junto a seus filhos construir uma sociedade mais justa e igualitária.

20 DE NOVEMBRO DE 2019.

SIMSAPEL APOIA A GREVE DO CPERS

O pacote do Governo do Estado apresentado na Assembleia Legislativa atinge a todos os servidores públicos do Rio Grande do Sul, congela os salários por tempo indeterminado e destrói o Plano de carreira do magistério. É o desmonte do serviço público, marca registrada da política neoliberal defendida pelo Governador Eduardo Leite.

A defesa do “estado mínimo” pode soar como forma de economizar os recursos públicos, porém, na verdade, deixa a população mais pobre desassistida no que se refere ao acesso aos serviços mínimos e essenciais.

Mais grave ainda é o ataque que esse pacote representa à educação pública da qual dependem os trabalhadores e filhos de trabalhadores de todas as categorias. Portanto, levantar-se em defesa dos trabalhadores em educação e dos servidores estaduais é defender o direito de todos à educação e demais serviços públicos e, por isso, é uma pauta de toda a população gaúcha.

Sendo assim, o SIMSAPEL se manifesta em total e irrestrito apoio à greve dos professores e demais trabalhadores das escolas gaúchas e se irmana ao CPERS Sindicato nessa luta.

Sindicato dos Servidores Municipais de Saneamento Básico de Pelotas

Novembro de 2019

CUT REGIONAL SUL

A CUT Regional Sul vem a público manifestar total apoio à greve dos professores e demais trabalhadores em educação do Estado do Rio Grande do Sul, representados pelo CPERS Sindicato.

Protocolado na semana passada na Assembleia Legislativa, o chamado “pacote de maldades” apresentado do Governo do Estado é um ataque profundo aos direitos dos servidores públicos e, em especial, aos trabalhadores em educação. O pacote propõe, entre outras coisas, o fim do plano de carreira do magistério e o congelamento dos salários por tempo indeterminado.

Dessa forma, a greve foi inevitável.

A proposta de Eduardo Leite não representa ataques apenas aos trabalhadores em educação, mas a toda a classe trabalhadora, uma vez que a desvalorização dos professores e funcionários de escolas é precarização da educação pública, de que dependem os trablhadores e os filhos dos trabalhadores.

O discurso do “estado mínimo”, na verdade, representa desobrigar o Estado de garantir o acesso aos serviços essenciais para todos e deixar a população mais pobre desassistida.

Portanto é uma causa de toda a sociedade gaúcha.

Dessa forma, a CUT Regional Sul diz NÃO ao pacote de Eduardo Leite e se soma à luta do CPERS Sindicato na defesa dos trabalhadores em educação e da educação pública do Estado do Rio Grande do Sul.

Pelotas, 21 de novembro de 2019

Sindjors repudia violência contra os servidores públicos em ato unificado

Professores estaduais e outras categorias protestavam em frente ao palácio Piratini quando incidente ocorreu

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) manifesta solidariedade aos professores e servidores estaduais, vítimas de repressão violenta, pela tropa de choque da Brigada Militar, durante o ato unificado realizado na tarde dessa terça-feira (26/11), na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini.

Repudiamos a ação da PM, comandada pelo governador Eduardo Leite, colocando em risco a integridade física de milhares de trabalhadores que lutam por um direito legítimo e, também, dos profissionais da imprensa que acompanhavam a atividade.

Uma irresponsabilidade que levou 10 pessoas a serem atendidas no Hospital de Pronto Socorro, com ferimentos e intoxicação por gás de pimenta.

Eduardo Leite agride professores e servidores que recebem seus salários atrasados e parcelados há cerca de cinco anos, e que estão em greve como forma de denunciar e barrar o pacote de medidas lançado pelo governador, que põe fim à carreira dos servidores.

Somos solidários à luta contra o plano de destruição do serviço público no RS, que expressa a mesma política em curso no país, de retirada total de direitos dos trabalhadores.

27/11/2019

FÓRUM RENOVA ANDES-SN

Nota de apoio à greve dos/as professores/as e funcionários/as da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul

O Fórum Renova Andes-SN manifesta sua solidariedade e apoio à greve dos/as professores/as e funcionários/as da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul. Greve esta deflagrada em 18 de novembro de 2019 como resposta ao desmonte dos serviços públicos – em especial da educação e aos ataques ao funcionalismo público estadual expressos no pacote enviado pelo governador Eduardo Leite à Assembleia Legislativa, que inclui a destruição da carreira e da previdência dos/as servidores/as públicos/as estaduais. Some-se a isso o parcelamento e atraso de salários que já completa 47 meses e cinco anos de congelamento.
A atual política desenvolvida pelo governo de Eduardo Leite possui correspondência com a política de terra arrasada e anti-povo do governo Bolsonaro e que busca ganhar terreno na América Latina com apoio do imperialismo – como vemos no Chile, no Equador e na Bolívia e contra as quais os/as trabalhadores/as resistem com suas organizações e seus instrumentos de luta.
Ao nível do governo federal, o governo de Bolsonaro/Guedes apresenta o pacote chamado de Plano Mais Brasil, composto de três propostas de emendas constitucionais (a do Pacto Federativo, a Emergencial e a dos Fundos Públicos) que, entre outras medidas, ataca os/as servidores/as públicos/as com redução e congelamento de salários e promoções, proíbe novos concursos, reduz o número de carreiras, corta orçamentos, etc.
O aludido déficit nas contas públicas usado como argumento para os ataques desferidos por Leite e Bolsonaro aos servidores/as públicos/as encobre a recessão econômica cuja raiz está no golpe de 2016 e nas medidas econômicas de Temer-Bolsonaro.
Por outro lado, o movimento grevista no Rio Grande do Sul já contabiliza mais de 1.500 escolas paradas (773 escolas totalmente paralisadas e 760 afetadas por adesão parcial) e conta com apoio dos/as jovens que veem na luta pela escola pública a luta pelo seu futuro.
A vossa luta, portanto, é a nossa luta! Não aos ataques de Bolsonaro e Leite!
Saudamos, nesse sentido, os/as professores/as e funcionários/as da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul, saudamos o CPERS e seus núcleos afirmando nossa solidariedade e apoio à vossa greve.
Repudiamos a violência e agressões físicas desferidas pela polícia comandada por Leite sobre os/as professores/as e funcionários/as ontem, 26/11, ao término da assembleia geral do CPERS, que reuniu mais de 15 mil trabalhadores/as na Praça da Matriz em Porto Alegre.

28/11/2019

Mães & Pais pela Democracia

A covardia é a marca da incompetência e da arrogância.
No discurso, a educação é sempre a prioridade incensada.
Na prática, é sempre preterida em nome de outras prioridades e reformas.
Quem paga a conta é o funcionalismo, sobretudo o magistério.
A Associação Mães e Pais pela Democracia repudia a violência física perpetrada ontem contra a comissão que buscava o diálogo com o Palácio Piratini.
E repudia a violência simbólica que o serviço público vem sofrendo há anos em nosso estado, mais gravemente na figura que todos e todas devemos amar e respeitar: a professora.
Violência só gera violência.
Mas saberemos transmutá-la em força para levar adiante esse movimento até que justiça seja feita, pelo diálogo, com amor e liberdade.
– Contra a vergonha do parcelamento de salários
– Contra o fim da carreira do magistério
PROFESSORAS E PROFESSORES,
VOCÊS NÃO ESTÃO SOZINHAS/OS.

27/11/2019

FEDERAÇÃO DOS PROFESSORES DE SÃO PAULO-FEPESP

SOLIDARIEDADE ÀS PROFESSORAS E PROFESSORES DO RIO GRANDE DO SUL

O sucesso da mobilização de professora e professores nas escolas públicas do Rio Grande Saul demonstra a disposição da categoria em defender sua dignidade contra a prepotência e descaso do Estado.

A Federação dos Professores do Estado de São Paulo, em nome dos seus 25 sindicatos integrantes, manifesta sua solidariedade ao CPERS e aos seus representados, na defesa da educação de qualidade, do respeito a quem prepara nossas futuras gerações e da legitimidade do sindicato na representação do interesse dos docentes.

A resistência de professoras e professores do Rio Grande do Sul é exemplo para todos, neste período sombrio da nossa história.

Força, companheiras e companheiros!

25/11/2019

AGAPAN

A direção da AGAPAN, na pessoa de seu presidente, apoia todo o movimento da educação que faz parte do nosso movimento que é a luta pelo ambiente natural.
Nesse sentido, mais uma vez, deseja manifestar publicamente seu apoio e seu disposição de se colocar ao lado nesta luta, pois integramos a mesma sociedade que sofrerá com este Pacote.
Aliás, já estamos juntos no Movimento contra a instalação da Mina Guaiba e certamente também estaremos juntos na luta conta a Mudança do Código Ambiental.

Franscisco Milanes – Presidente

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