Colegas, gostaríamos de nos solidarizar com a ampla maioria dos presentes em nossa Assembleia Geral, no Pepsi on Stage, ocorrida na última sexta feira, dia 11 de setembro.
Desde o início da Assembleia pairava no ar uma intolerância com o pensamento diferente. Algo assustador! Em 70 anos de nossa história nunca sofremos tamanho ataque a uma entidade que representa os trabalhadores em educação como no dia 11. Pessoas insufladas pela intolerância ao direito democrático de pensar diferente vieram manchar nossa caminhada e nossa história.
No palco tínhamos a visão do todo, do salão principal e do mezanino. Os telões mostravam a votação no pátio. A vitória foi visível, clara. Diante do tumulto da primeira votação, refiz, para que pudessem analisar. Quando um grupo percebeu que havia sido derrotado, não aceitou e tentou usar da mesma estratégia utilizada em outros estados.
Por três vezes pedi calma para recompor a Assembleia e apresentar a proposta para votarmos em urnas. Infelizmente, aqueles que ainda não aceitaram a derrota optaram por não deixar a Assembleia acabar.
Fui forçada, então, em respeito àqueles que haviam, de forma educada, se manifestado através do voto, a encerrar a Assembleia para resguardar a integridade física dos colegas. Infelizmente, tivemos funcionários do Sindicato agredidos, professoras, aposentadas inclusive, agredidas com bandeiras, seguranças da casa feridos.
Em respeito à categoria estou fazendo esta declaração. Esta é uma página na nossa história que jamais deveria ter sido escrita. Como professora, há mais de 30 anos sócia do nosso CPERS, lamento profundamente.
Aos que respeitam a pluralidade, aos que sempre estiveram na luta, ganhando ou perdendo votações, a vocês peço desculpas pelo triste episódio e que terça-feira estejamos firmes, na Assembleia Legislativa, para defender nossos direitos.
Helenir Aguiar Schürer – Presidente do CPERS/SINDICATO