Luta nas ruas e nas redes: Conselho Geral define novo calendário de mobilização da categoria


A partir do próximo dia 22, a categoria volta à Praça da Matriz para exigir – em vigília todas as terças-feiras – reposição salarial e o pagamento dos salários cortados por Eduardo Leite (PSDB) durante a greve de 2019.

Já no dia 19, o CPERS se soma aos atos pelo Fora Bolsonaro, que devem ocupar as ruas do país, e convoca os educadores(as) a se engajarem na luta.

Reunido na última terça-feira (8), o Conselho Geral do CPERS debateu e construiu uma nova agenda para fazer frente aos desafios do período dramático vivido pela categoria, com foco na valorização salarial e no embate contra a Reforma Administrativa.

“Sabemos que o governo de Eduardo Leite trabalha assinar um acordo de negociação das dívidas com o governo federal. Se isso for assinado por ele, ficaremos nove anos sem reajuste”, explica a presidente Helenir Aguiar Schürer. 

A estratégia para superar o congelamento salarial – que já se prolonga por seis anos – passa por pressionar Câmaras de Vereadores em todo o estado, obtendo moções de apoio em meio às bases eleitorais de deputados e do governo Leite.

No âmbito federal, o avanço das discussões sobre a Reforma Administrativa de Bolsonaro e Guedes no Congresso, coloca a categoria em alerta.

“São inúmeros os prejuízos caso ela seja aprovada: não teremos a garantia da nossa estabilidade, não haverá paridade dos ativos com os aposentados, além da proibição do concurso público e fim dos planos de carreira, entre outros ataques”, afirma Helenir.

Nesta quinta-feira (10), o Sindicato promove uma live para explicar, em detalhes, como a Reforma Administrativa afeta a vida funcional da categoria e coloca em risco a própria existência dos serviços públicos. A transmissão começa às 18h, nas redes do CPERS.

As propostas aprovadas pelo Conselho também envolvem a defesa dos empregos de contratados(as), a realização de Concurso Público ainda no segundo semestre, denunciar a carência de quadros de limpeza e higienização nas escolas e a exigência de veto ao projeto de Educação Domiciliar.

Confira a íntegra das propostas:

1. Continuar e Fortalecer a Campanha Contra a Reforma Administrativa;

2. Realizar Seminário Virtual sobre o tema “Reforma Administrativa”, no dia 10 de junho, às 18h, através das páginas oficiais do CPERS/Sindicato;

3. Envolver toda a base de trabalhadoras/es da educação em uma Campanha
Virtual contra a Reforma Administrativa, a exemplo das ações Pró-Fundeb;

4. Participar dos Atos “Fora Bolsonaro” no dia 19 de junho;

5. Exigir a realização de Concurso Público e nomeção ainda no segundo
semestre de 2021;

6. Continuar acompanhando o Calendário de Lutas apresentado pela CNTE,
como já deliberado;

7. Continuar a cobrança por Reposição Salarial, proporcionalidade dos
triênios, convocações e promoções;

8. Realizar Vigílias na Praça da Matriz às terças-feiras com a participação de 5(cinco) Núcleos por semana, lutando pelo pagamento dos dias parados de greve e reposição salarial;

9. Realizar visitas aos gabinetes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul e das Câmaras Municipais (representantes dos Núcleos), com a seguinte pauta: luta pelo pagamento dos dias parados de greve e reposição salarial;

10. Exigir o pagamento dos dias parados da greve e o abono das faltas;

11. Exigir do Governo do Estado que não realize demissões de trabalhadores/as contratados/as, respeitando a renovação conquistada até o ano de 2023;

12. Denunciar, entrar com ADI e fazer pressão para que o Governo Leite vete o PL aprovado na ALERGS, que trata do “homeschooling”;

13. Consultar o Banrisul quanto a possibilidade de concessão de uma linha de crédito, a custo bem acessível, para a aquisição de notebooks e equipamentos para a realização das aulas on-line;

14. Denunciar a falta de funcionários(as( nas escolas para a realização de limpeza e higienização.

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