O CPERS participou nesta quarta-feira, dia 07, do 22º Grito dos Excluídos, ato organizado por movimentos sociais, realizado em Porto Alegre, que contou com a participação de aproximadamente 2 mil pessoas. A iniciativa ocorre desde 1995 em paralelo ao desfile cívico-militar do Dia da Independência.
Capitaneado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e pelas pastorais sociais, com o apoio de várias entidades sindicais e movimentos sociais, o ato deste ano foi marcado por repetidos gritos de “Fora Temer” ao longo de suas mais de duas horas de duração.
Com o lema “Este sistema é insuportável: exclui, degrada e mata” e o tema “Vida em primeiro lugar”, o Grito dos Excluídos teve duas concentrações a partir das 9h. Uma foi no Monumento dos Mortos e Desaparecidos, no Parque Marinha do Brasil, próximo ao desfile alusivo à independência do Brasil. A outra foi na sede do Incra, ao lado do prédio do Ministério da Fazenda, onde cerca de 2 mil trabalhadores sem terra estão acampados desde a manhã de segunda-feira, dia 5. Os agricultores exigem a retomada da reforma agrária com o assentamento de 2,3 mil famílias acampadas no Estado e a suspensão da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de penalizar mais de 578 mil assentados no país por considerá-los irregulares.
Por volta das 9h45, os manifestantes iniciaram uma marcha pela Avenida Loureiro da Silva em direção à Avenida Beira-Rio, onde estava sendo realizado o desfile cívico-militar. Ao longo do trajeto, representantes dos movimentos sociais e pastorais da igreja destacavam a história do Grito dos Excluídos que há 22 anos tem levado milhares de pessoas às ruas em todo o Brasil.
Durante o percurso, em diversos vezes foi iniciado o coro de “Fora Temer”. Os organizadores alternavam cantos e palavras de ordem em defesa da reforma agrária com pedidos de união dos trabalhadores do campo e da cidade contra a agenda de reformas do governo Temer e de denúncias dos efeitos do capitalismo na vida dos trabalhadores.
A diretora do Departamento dos Funcionários de escola do CPER, Sonia Solange Viana, destacou que o Grito dos Excluídos acontece em um momento triste da nossa história e, por isso, a classe trabalhadora terá que resistir. “Temer não é reconhecido como presidente do Brasil nem aqui, nem na China. Não vamos permitir a retirada de direitos, nem pelo Temer, nem pelo Sartori”, finalizou.
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