Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo exigem saída de Pedro Parente da Petrobras


As frentes Brasil Popular e a Povo Sem Medo, formadas por centenas de movimentos sociais, como MST, MTST, CMP; e sindicais, como CUT, CTB e Intersindical, divulgaram nota, nesta sexta-feira (25), com posições claras sobre a mobilização  dos caminhoneiros, que desde o dia 21 está paralisando o país.
Na nota, as frentes denunciam a política de preços dos combustíveis adotada pela Petrobras, cujo gestor, Pedro Parente, é indicação pessoal do golpista e ilegítimo Michel Temer. Essa política de reajuste dos preços dos combustíveis no Brasil, baseada nas cotações do mercado internacional do dólar e do barril de petróleo, é a principal responsável para o aumento do custo de vida da população brasileira, em especial dos alimentos e transportes.
“Os responsáveis diretos são Pedro Parente e Michel Temer que, desde 2016, iniciaram a nova política de preços tendo como um dos eixos a paridade com os preços internacionais, o que na prática abriu a possibilidade de ajustes diários”, diz trecho da nota que repudia o uso do Exército como solução para a crise. “Não é papel das forças armadas corrigir os erros de um governo sem legitimidade”, afirmam.
As frentes encerram a nota exigindo a imediata troca de comando da Petrobras. ”Não podemos aceitar que essa política de preços que penaliza a população mais pobre seja mantida. Não podemos aceitar que Pedro Parente continue à frente da Petrobras”, conclamam.

Leia a nota na íntegra:

Há 5 dias, a paralisação nacional dos caminhoneiros tem mostrado o desastre que é a política de preços dos combustíveis. Desde julho de 2017, o preço da gasolina já subiu 50,04%, o do diesel 52,15% e o gás de cozinha 67,8%. Os efeitos estão sendo sentidos por várias camadas da população.
Mais de um milhão de domicílios voltaram a cozinhar à lenha ou carvão e, em muitas regiões do Brasil, o preço da gasolina já ultrapassa os R$ 5,00. Esta medida tem potencial para aumentar, ainda mais, o preço dos alimentos e das tarifas dos transportes, deteriorando ainda mais a qualidade de vida das famílias brasileiras.
Os responsáveis diretos são Pedro Parente e Michel Temer que, desde 2016, iniciaram a nova política de preços tendo como um dos eixos a paridade com os preços internacionais, o que na prática abriu a possibilidade de ajustes diários.
Além disso, a diminuição da produção e a abertura do mercado nacional para a importação reforçam o objetivo claro de desmonte e privatização da Petrobras. Não à toa, no último mês, foi anunciado o plano de venda de quatro refinarias e doze terminais da Transpetro.
Após uma tentativa de acordo com as direções das mobilizações dos caminhoneiros, não aceito pela base do movimento, Temer vem a público para apresentar o uso do exército como a solução para mais essa crise no país. Não é papel das forças armadas corrigir os erros de um governo sem legitimidade. Ao optar pelo uso da força, Temer mais uma vez demonstra sua incapacidade de responder aos anseios da população.
Não podemos aceitar que o lucro dos acionistas internacionais esteja acima dos interesses do povo brasileiro. Não podemos aceitar que essa política de preços que penaliza a população mais pobre seja mantida. Não podemos aceitar que Pedro Parente continue à frente da Petrobras.

25 de Maio de 2018

Frente Brasil Popular

Frente Povo Sem Medo

Fonte: CUT Nacional

 

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