Famurs reitera posição contrária ao retorno às aulas presenciais no Estado


A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) reafirmou, nesta terça-feira (6), sua posição contrária ao retorno das aulas presenciais no Estado enquanto não houver segurança aos estudantes e educadores.

A deliberação ocorreu durante a Assembleia Geral Ordinária da entidade, que também definiu por solicitar ao governo que não condicione a volta às atividades à retomada presencial das aulas.

A Federação também destacou a importância de exigir a garantia do cumprimento legal da legislação e dos protocolos, respeitando a decisão contrária de municípios que consideram sua realidade local.

A entidade aponta como solução para o cenário atual a manutenção do ensino remoto e solicita à Secretaria Estadual de Educação (Seduc), um plano para recuperação das aulas a partir da viabilização do retorno das atividades educacionais em todo o Estado.

O reconhecimento e a valorização do trabalho dos educadores(as) também foi pontuado pela entidade.

Decisões aprovadas na Assembleia:

– Reafirmar a orientação de não retornar às atividades escolares enquanto não houver a segurança absoluta para crianças, estudantes e servidores da educação, bem como garantir cumprimento integral da legislação e protocolos, respeitando a decisão contrária de municípios que, de acordo com a sua realidade local, considerarem preenchidos tais requisitos;

– Manter as atividades remotas de ensino conforme vem ocorrendo até o momento, mas solicitando, desde logo, à Secretaria Estadual de Educação, um plano para recuperação das aulas a partir da viabilização do retorno das atividades educacionais em todo o Estado;

– Reconhecer o trabalho dos servidores da educação que, desde o início da pandemia, não tem medido esforços em levar aos estudantes gaúchos as atividades remotas planejadas em cada educandário, mesmo com as dificuldades que o momento impõe a todos nós;

– Solicitar ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que não condicione o retorno de nenhuma atividade a eventual retorno presencial das aulas nas cidades gaúchas, sob pena de ferir a autonomia dos municípios e impor aos gestores municipais pressões e responsabilidades que devem ser suportadas pelo Governo do Estado.

A Famurs mantém, como sempre em sua história e especialmente neste momento de dificuldades, a plena disposição para o diálogo e a busca de alternativas e soluções coletivas para os problemas que nos afligem no dia a dia.

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