Entidades lançam Comitê de Combate à Megamineração no Rio Grande do Sul


Na noite desta terça-feira (18), representantes de diversas entidades ambientais, sindicais, associativas e movimentos sociais reuniram-se, no Salão de Atos Thereza Noronha, no 9º andar da sede do CPERS para o lançamento do Comitê de Combate à Megamineração no Rio Grande do Sul (CCM/RS).

O comitê é composto por mais de 50 entidades, entre elas o CPERS. A coordenação é formada pelas entidades: Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN), Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA Guaíba), Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (APCEF/RS) e Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM).

O objetivo do comitê é a defesa da vida e contra os impactos ambientais dos projetos de magamineração que estão previstos no Rio Grande do Sul, entre eles, o Mina Guaíba, que está em processo de licenciamento para se instalar em uma área de 5.000 hectares nos municípios de Charqueadas e Eldorado do Sul. Outros três grandes projetos, de igual importância, atestam que o Rio Grande do Sul entrou definitivamente na mira das empresas mineradoras, com o apoio do governo do Estado e de prefeituras, iludidos pelas promessas de geração de empregos e incremento nas suas receitas. Todos os projetos trarão um alto impacto socioambiental para o Estado do Rio Grande do Sul, colocando em risco a saúde dos gaúchos e gaúchas. (veja aqui os projetos no Manifesto do CCM)

Representando o CPERS participaram do encontro a coordenadora do Departamento de Funcionários(as) de Escola, Sônia Solange dos Santos Viana e a coordenadora do Departamento de Saúde do Trabalhador, Vera Maria Lêsses.

A diretora Vera deu as boas-vindas para os presentes e falou da importância do Sindicato estar junto ao Comitê. “O CPERS é um sindicato que luta e lutou sempre contra o neoliberalismo e nesse contexto, as empresas e o governo estadual estão preocupados somente com dinheiro e lucro que esses projetos trarão para o Estado, sem a mínima preocupação com a saúde dos trabalhadores, com as consequências para o meio ambiente, para o clima e os desalojamentos de várias famílias. Nós sempre lutamos pela qualidade e bem estar dos trabalhadores e trabalhadoras. E reafirmamos nosso compromisso e disposição para fazer a luta por essa causa tão importante”, concluiu.

Durante o encontro os representantes das entidades expuseram as consequências severas para o meio ambiente e para a população gaúcha que os quatro principais projetos de mineração se concretizados trarão. Ao total existem mais de 150 projetos de mineração no solo gaúcho.

O vice-presidente da Agapan, Heverton Lacerda, destacou que novas entidades podem agregar-se ao CCM/RS. “O intuito é aumentar nossas forças e sabemos que a partir do lançamento do comitê que é feito hoje, novas entidades aparecerão e estaremos prontos para a luta”, finalizou.

No final do evento o Comitê de Combate à Megamineração lançou o manifesto, “Sim à vida, não à destruição”, o qual detalha os principais projetos e lista os prejuízos e impactos que as mineradoras trarão se realmente forem instaladas no Estado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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