Em coletiva de imprensa, CPERS denuncia pressões contra as ocupações


Na tarde desta sexta-feira, dia 20, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, denunciou as ameaças contra os estudantes que estão ocupando escolas por todo o Estado com o obejtivo de desmobilizar o movimento. Com base nas denúncias recebidas e constatadas pelo Sindicato, algumas Coordenadorias Regionais de Educação – CREs e direções de escolas estão fazendo a intimidação dos estudantes para que cessem as ocupações.
Desligar as luzes, trancar portas de banheiros e cozinhas, ficar acionando o alarme que chama para os intervalos de aula e recreio, além da presença da Brigada Militar em frente as instituições, foram algumas das situações relatadas. “As CREs visitam as escolas e orientam as direções a dormirem lá e trancarem os acessos a banheiros e cozinha com a intenção de prejudicar a permanência dos alunos. Além disso, sabemos também que há P2, agentes da Brigada disfarçados, que se infiltram nas instituições”, denunciou.
Cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre como Gravataí, Viamão e Alvorada, além de Santa Maria, foram citadas como exemplo de municípios em que ocorreram as ameaças. Também foram relatadas situações de amedrontamento aos estudantes da escola Paula Soares, em Porto Alegre, e da escola técnica Marechal Mascarenhas de Moraes, em Cachoeirinha.

Governo deve explicações aos pais dos nossos estudantes

 A presidente do Sindicato informou que irá exigir explicações do secretário de Educação interino, Luis Antônio Alcoba de Freitas, sobre as ameaças, visto que ele afirmou, em audiência com o Comando de Greve do CPERS, na última terça-feira, dia 17, que não haveria truculência contra os estudantes. “Queremos saber se está sendo uma orientação do governo. Se não for, que tomem providências e nos informem quem está amedrontando nossos alunos. Essa resposta o governo tem a obrigação de dar, em primeiro lugar, para os pais dos estudantes”, destacou Helenir.
Helenir também mencionou os ataques por parte de alguns deputados gaúchos que estão acusando os estudantes de estarem depredando as instituições. “As escolas estão ocupadas de forma pacífica e organizada. Esses ataques dos deputados têm a intenção de proteger o governo. Eles deveriam se dedicar a encontrar formas de negociar as nossas justas reivindicações”, observou.
Na ocasião, a presidente fez questão de deixar claro que as ocupações são um movimento deflagrado pelos estudantes. O CPERS, através do seu Comando de Greve, apenas presta solidariedade através do Comitê de Apoio as Ocupações. “Dizer que nós participamos dessa organização é menosprezar a capacidade dos nossos alunos de se organizarem e tomar decisões. Antes, os problemas estavam trancados nas escolas. Agora, eles estão denunciando a toda sociedade. Temos muito orgulho dos nossos estudantes, pois estão dando uma verdadeira aula de cidadania”, afirmou.

 

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