Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, dia 16, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, afirmou que o Sindicato exigirá do governo uma solução para o caos criado com o pedido de empréstimo do 13º salário dos servidores ao Banrisul. Destacou a ilegalidade desta ação e responsabilizou o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, pela instabilidade financeira gerada ao funcionalismo público gaúcho. “Se o governador Sartori quiser nos dar um presente de Natal, pode nos presentear com a saída do secretário da Fazenda do governo por alguém que realmente saiba administrar as finanças do Estado e valorize os servidores e a população”, afirmou.
Helenir lembrou que este ano o Rio Grande do Sul perdeu R$ 7,9 bilhões em sonegação fiscal, citando apenas uma das situações em que a ação da Secretaria da Fazenda seria decisiva. “Não houve nenhuma atitude para aumentar a receita. Se continuar assim, nós, educadores, iniciaremos 2016 recebendo apenas 30,23% do Piso. Não podemos mais admitir essa situação caótica”, destacou.
Ações na justiça para garantir o direito de receber o décimo
Na ocasião, a presidente e os diretores do CPERS relataram as diversas dificuldades enfrentadas pelos educadores para conseguir o empréstimo e receber o 13º. Eles destacaram que a esperança de inúmeros professores e funcionários de escola era a de que com o pagamento do décimo pudessem quitar as dívidas geradas pelo atraso e parcelamento dos salários, realizados pelo governo no decorrer deste ano.
Para garantir que os educadores recebem o que lhes é de direito, o CPERS colocou sua assessoria jurídica à disposição a todos aqueles que tiverem problemas para receber o recurso. “Nosso jurídico irá analisar caso a caso, pois são muitos os problemas, e ingressará na justiça com ações individuais para garantir o pagamento. O governo e o Banrisul estão tentando fazer com que aqueles que possuem algum processo contra eles, retirem para poder receber o décimo. Essa é a manobra. Estamos diante de um governo totalmente desrespeitoso com o servidor público. Não vamos admitir a perda de direitos. Vamos agir”, afirmou.