Educadores são categoria mais afetada por Covid-19 após trabalhadores da saúde no Reino Unido


Educadores(as) são a categoria mais afetada por efeitos crônicos da covid-19 no Reino Unido, atrás, apenas, dos profissionais da saúde, aponta relatório divulgado pelo Instituto Nacional de Estatísticas Britânico (ONS). 

De acordo com a pesquisa, dos 1,1 milhões de ingleses que apresentaram sequelas por coronavírus, 114 mil são professores(as) e 122 mil trabalhadores(as) da saúde, o que que acaba comprometendo o atendimento no já sobrecarregado Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS)

Entre os sintomas relatados por esses profissionais estão dor, exaustão, além do efeito chamado “névoa cerebral” – disfunção cognitiva que inclui alterações de memória, falta de clareza mental, distração fácil e diminuição da capacidade de concentração.

Por isso, muitas vezes, só conseguem trabalhar meio período e precisam de folga, já que não estão bem o suficiente para realizar suas tarefas habituais.

“A longo prazo, se mais funcionários enfrentarem doenças contínuas devido à infecção da covid-19, as implicações para o número geral da força de trabalho serão desastrosas”, afirma a Dra. Helena McKeown, líder da força de trabalho da British Medical Association, que representa os médicos.

Sem condições sanitárias, reabrir escolas é sacrificar mais vidas

Dados sobre o número de pacientes com sequelas devido à covid-19 no Brasil ainda são escassos.

Dados apontam que março foi o mês mais mortal da pandemia no país, com 66 mil óbitos, mas as projeções para abril são ainda piores: o Brasil pode vir a registrar 100 mil mortes neste mês, segundo prevê uma análise do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

O Rio Grande do Sul concentrou, em março, um terço de todas as mortes por covid-19 no Estado em um ano.

Ignorando os dados alarmantes no RS e contrariando especialistas, o governador Eduardo Leite (PSDB) continua trabalhando duro para reabrir escolas e sacrificar mais vidas.

Nesta segunda (5), mais uma vez, o Estado recorreu ao Supremo Tribunal Federal contra a liminar que mantém suspensas as aulas presenciais no Estado. De diversos setores, cresce a pressão sobre o Judiciário contra a medida conquistada pelo CPERS e pela Associação Mães e Pais pela Democracia.

Mas, é evidente que não há condições para o retorno seguro das aulas presenciais. No final de 2020, quando o governador forçou a retomada, demonstrou o completo despreparo do Estado.

EPIs adquiridos demoraram até três meses a chegar às escolas, não houve programa de testagem ou de monitoramento de casos implementado, muito menos reparos básicos – como a adequação de janelas emperradas – foram efetuados neste um ano de pandemia.

Hoje, seguimos sem a previsão de um calendário de vacinação a educadores(as).

O CPERS considera a ampla vacinação dos trabalhadores(as) da educação, mais recursos humanos, físicos e financeiros para as escolas e estratégias de testagem, rastreamento e monitoramento dos casos nas escolas como condicionantes mínimos de um retorno seguro às aulas presenciais.

Para aprender e ensinar, é preciso ter saúde. #EscolasFechadasVidasPreservadas

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