Em debate com CPERS, educadoras denunciam pressão e sobrecarga de trabalho impostas pelo governo Leite


Na manhã desta quinta-feira (13), a tesoureira do CPERS, Rosane Zan, e a diretora do 22° Núcleo (Gravataí), Letícia Coelho Gomes, visitaram a EEEM Governador Walter Jobim, localizada em Viamão.

Durante o debate, as educadoras(es) abordaram a pressão e a sobrecarga de trabalho imposta pelas Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) e pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) do governo Eduardo Leite (PSDB). O preenchimento de planilhas intermináveis, participação em cursos online e o projeto “Mentoria Pedagógica” da Seduc foram alguns dos problemas mais levantados pelos profissionais da educação no encontro.

Rosane fez uma breve análise sobre a situação atual das educadoras(es) e da educação pública no Rio Grande do Sul. Ela destacou a importância de poder ouvir cada uma e cada um sobre a pressão e a sobrecarga de trabalho pela qual as professoras(es) e funcionárias(os) de escola estão passando. “Viemos para ouvir vocês em relação ao acúmulo de trabalho e todas as demandas da nossa categoria”, afirmou a tesoureira.

Letícia ressaltou que diante de todos os ataques do governo de Eduardo Leite (PSDB) para separar a categoria, o momento é de unir forças. “Temos que estar unidos na luta contra os descontos das aposentadas, pelo aumento dos salários das funcionárias, por mais concurso público e por condições dignas de trabalho”, ressaltou a diretora.

Processo de municipalização

A instituição atende aproximadamente 800 estudantes nos três turnos. A escola está em processo de turno integral desde 2022. Até o momento, o Ensino Médio e as turmas finais do Ensino Fundamental já estão no turno integral.

Este ano a Seduc não abriu matrículas para o 1° ano do Ensino Fundamental, deixando claro que o processo de municipalização da instituição está em andamento. “Aqui pela região, eles estão retirando o primeiro ano de todas as escolas estaduais”, apontou o diretor da EEEM Governador Walter Jobim, William Sodré.

Sodré destaca que, desde 2018, a escola pleita junto à Secretaria um ginásio coberto para a escola, mas, infelizmente, o processo não anda. Passa ano e entra ano, o problema persiste. “Em dia de chuva,não temos um local adequado para os nossos estudantes durante o intervalo e para a Educação Física. Lamentavelmente, nada acontece”, frisou o diretor.

O CPERS continua visitando escolas, em todo o estado, para dialogar e conferir de perto a situação de cada região, após as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul.

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