Do dia 2 de agosto ao dia 9 de setembro de 2022, o CPERS Sindicato visitou aproximadamente 300 escolas e passou por cerca de 90 rádios por todo o Rio Grande do Sul, promovendo o debate sobre a defesa intransigente da democracia e do voto livre e a necessidade de eleger projetos que valorizem os educadores(as), a educação pública e o bem-estar social.
A entidade cumpriu seu papel histórico, iniciado ainda nos anos 70, quando foi um dos primeiros sindicatos a sair às ruas para defender a democracia, na época da ditadura. Em 1979, o Magistério foi a primeira categoria do estado e a segunda do Brasil a entrar em greve após o Golpe Militar.
A coragem daqueles educadores(as) mostrou que novos tempos estavam chegando e serviu de alento a trabalhadores(as) de todas as carreiras, obrigados a sufocar seus anseios durante todo o período repressivo.
Com o exemplo das décadas passadas e neste momento de nova ameaça à democracia e às eleições livres, o CPERS buscou renovar o debate através da #CaravanaPelaDemocracia.
>> Baixe aqui a íntegra do dossiê da Caravana Pela Democracia ou confira o documento abaixo.
A iniciativa, aprovada no Conselho Geral da entidade, tinha o objetivo de promover um amplo debate na base da categoria a respeito dos projetos de Estado em disputa nas próximas eleições, denunciar a deformação dos direitos trabalhistas, o franco desmonte do bem-estar social e reforçar a importância da defesa da educação pública e a valorização dos profissionais da educação.
Munidos de materiais com o comparativo dos últimos quatro governos estaduais e com a apresentação de como votaram os deputados(as) – estaduais e federais – em projetos que retiraram direitos dos educadores(as), como as reformas da Previdência e Trabalhista, dirigentes do Sindicato percorreram as regiões dos 42 Núcleos do CPERS para comprovar a necessidade do voto consciente.
Para marcar o encerramento da Caravana, o Sindicato também tomou as ruas de Porto Alegre no dia 13 de setembro com o Ato Estadual Pela Educação e a Marcha das Aposentadas(os), que denunciaram o agravamento da retirada de direitos e a necessidade de acreditar que, sim, é possível e urgente assegurar um novo tempo para a educação estadual do Rio Grande do Sul.
Por que debater democracia nas escolas?
A atual conjuntura política, dominada por governos autoritários e neoliberais, exige resistência. Os direitos dos educadores(as) e da classe trabalhadora, conquistados ao longo de décadas de lutas e enfrentamentos com os mais diversos governos, estão ameaçados.
O Rio Grande do Sul corre o grande risco de ter que optar entre o desastroso continuísmo neoliberal e uma radicalização autoritária do projeto nacional, através de uma liderança bolsonarista. Não se engane! Estes projetos representam a mesma face de uma política de morte, com lucro acima da vida, ataques à escola pública, destruição de direitos, confisco de aposentados(as), desmonte, precarização e privatização.
Em âmbito federal, será possível eleger uma candidatura que representa a defesa da
educação, da democracia e do povo, e uma que representa um dos piores governos na história da democracia brasileira, nos mais diversos quesitos como educação, saúde, emprego e renda.
Tudo na vida, ou quase tudo, é política. Muitos torcem o nariz, mas é preciso compreender que atrasar salários, isentar impostos dos ricos, atacar aposentados(as) e pagar o piso na sua integralidade são agendas políticas. São escolhas, que dependem da sua opção nas urnas.
Neste período eleitoral, que se intensifica com a proximidade do dia 2 de outubro, o CPERS optou por promover essa reflexão também nas escolas por acreditar que está na hora de confrontar nossas convicções. Qual é a raiz dos nossos males? Por quem dobram nossas sinetas? A quem confiamos nossos votos? Até quando elegeremos políticos de partidos que trabalham para acabar com a nossa classe?
Lembre-se, o teu voto fará a diferença para assegurar um projeto que, de fato, defenda a educação e o bem-estar social!