A equipe diretiva do Colégio Estadual Cândido José de Godói, da capital, divulga uma carta aberta em que manifesta a preocupação com a manutenção de funcionários(as), gestores(as) e equipes pedagógicas nas escolas.
“O teor do memorando enviado pela Secretaria Estadual da Educação e suas Coordenadorias parece escolher entre os que serão preservados dos que poderão seguir os riscos de exposição ao vírus”, afirma o documento.
Leia a íntegra da carta:
Nós, membros da Equipe Diretiva do Colégio Estadual Cândido José de Godói, viemos por meio desta carta manifestar todo o nosso apoio às medidas tomadas pelos agentes públicos no sentido de conter o avanço do coronavírus.
Mesmo enfrentando uma situação delicada com a propagação do vírus, o governo exclui do abrigo do decreto as equipes diretivas e funcionários, razão pela qual solicitamos a isonomia de tratamento dispensado aos demais personagens que constituem a comunidade escolar, pois entendemos que a situação que leva perigo aos educadores e alunos, também diz respeito às Equipes Diretivas e Agentes Educacionais.
Sabemos que o momento é de extremo risco para toda população do Rio Grande do Sul e mundial. O teor do decreto emitido pelo governador e em sequencia o memorando enviado pela Secretaria Estadual da Educação e suas Coordenadorias parece escolher entre os que serão preservados dos que poderão seguir os riscos de exposição ao vírus sendo por isso inadmissível para nós, aceitar a tudo isso sem nos manifestarmos e exigir o mesmo tratamento da lei.
Estamos ao lado de todas as iniciativas de combate à expansão do coronavírus, mas não concordamos em seguirmos expostos pelo fato de estarmos nesse momento compondo as Equipes Diretivas das escolas bem como os Agentes Educacionais já tão sofridos com seus baixos salários seguir cumprindo expediente ainda que de forma escalonada e com isso seguir em risco.
E, para além do nosso pedido em favor das Equipes Diretivas e Agentes Educacionais esperamos a consideração e apoio desta instituição no sentido de nos incluir sob a proteção da lei a fim de que não sejamos impactados em breve por tão grande perigo a que estamos obrigados a nos expor.
Sendo assim, entendemos como urgente a manifestação do poder público, no sentido de nos garantir a reclusão domiciliar até então válida para alunos e professores, pois entendemos que o decreto emitido e sua conseqüente aplicação por meio dos memorandos dele oriundos precariza e ofende a dignidade e a vida dos Agentes Educacionais e Equipes Diretivas.
Mário Antonio da Silva – Diretor
Lílian Balbinot – Vice-Diretora
Clarice Fátima Dal Médico – Vice-Diretora
Marcus Vinicius Borba Sobotyk – Vice-Diretor
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