Durante o mês de setembro se intensificam as ações voltadas para a prevenção do suicídio, tendo o dia 10, este sábado, como a data escolhida para marcar o Dia Mundial de Combate ao Suicídio. O objetivo é reforçar a importância da prevenção.
Segundo dados da última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados. Com isso, estima-se que mais de um milhão de casos ocorram por ano. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.
Ainda de acordo com a OMS, todos os anos mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária, câncer de mama ou guerras e homicídios.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
Pedir ajuda e ajudar
Se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave.
O reconhecimento dos fatores de risco e dos fatores protetores é fundamental e pode ajudar, mas o acolhimento dos familiares e pessoas próximas ainda é a melhor alternativa. Se você acha que está tendo problemas relacionados à sua saúde mental ou conhece alguém que está passando por alguma dificuldade, procure ajuda!
O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail ou chat 24 horas, todos os dias.
Os contatos com o CVV podem ser feitos pelos telefones 188 (24 horas e sem custo de ligação), pessoalmente (nos mais de 120 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br, por chat e e-mail.
Saiba como ajudar:
– Ouvir, demonstrar empatia, apoiar e manter a calma;
– Levar a situação a sério e verificar o grau de risco;
– Perguntar sobre tentativas de suicídio ou pensamentos anteriores;
– Conversar com a família e amigos imediatamente;
– Remover os meios para o suicídio em casos de grande risco;
– Contar a outras pessoas, conseguir ajuda;
– Permanecer ao lado da pessoa com o transtorno;
– Procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles;
– Aceitar a queixa da pessoa e ter respeito por seu sofrimento;
– Procurar ajuda profissional.
O que não fazer
Jamais ignore a situação de uma pessoa com comportamentos e pensamentos suicidas. Não tente dizer que tudo vai ficar bem, diminuindo a dor da pessoa, sem agir para que isso aconteça.
A principal medida é não fazer com que o problema pareça uma bobagem ou algo trivial. Procure ajuda imediatamente e, principalmente, não deixe a pessoa sozinha em momentos de crise nem a julgue por seus atos.
A defesa da vida e da saúde mental dos professores(as) e funcionários(as) de escola, da ativa e aposentados, integra a pauta de lutas do CPERS, por meio do Departamento de Saúde do Trabalhador. Não hesite em procurar ajuda nos casos em que os servidores(as) se sintam em situação difícil, deprimidos ou percebam os colegas neste tipo de situação.