Nesta terça (24), a mídia reporta que mesmo após duas bandeiras vermelhas consecutivas, as escolas estaduais devem manter as aulas presenciais.
A decisão foi tomada pelo governo Eduardo Leite (PSDB) com a conivência do Ministério Público, que parece desconhecer a realidade da rede.
É a segunda vez em uma semana que o governador flexibiliza as regras para expor a comunidade escolar. Antes, as instituições deveriam fechar as portas já na primeira bandeira vermelha.
Ainda ontem, o governador protagonizou um jogo de cena para alertar a população sobre a gravidade do avanço da pandemia. O número de leitos ocupados no estado já é superior ao registrado durante o pico de mortes.
Não há dúvidas entre especialistas sobre a existência de uma nova escalada em todo o país. A questão que paira é se estamos ingressando em uma segunda onda ou se, tecnicamente, nunca saímos da primeira.
E, ainda assim, o governo continua flexibilizando as regras.
O recuo também se dá sem contrapartida alguma do Estado em outras áreas. As bandeiras vermelhas já não tem significado. Tudo permanece aberto e funcionando à revelia dos mais de 6,5 mil mortos pela Covid-19 no RS.
A dança das bandeiras não serve à saúde da população, serve a interesses econômicos e à morte.