Crise humanitária na terra indígena Yanomami escancara a crueldade do governo Bolsonaro


Foto destaque: Condisi-YY/Divulgação

As fotos desoladoras que rodaram o Brasil e o mundo neste fim de semana são a confirmação de uma tragédia anunciada. Os povos originários brasileiros padecem com a falta de assistência e a conivência do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação ao avanço do garimpo ilegal.

Desnutrição, crianças e idosos em estado grave de saúde, casos de malária, infecção respiratória aguda (IRA) e outros agravos. Ao testemunhar a triste situação do Território Indígena Yanomami, em Roraima, o Brasil se choca com a atual realidade dos povos indígenas.

A terra indígena Yanomami é a maior do país em extensão territorial e, nos últimos anos, o quadro de desassistência instalado na região já resultou na morte de mais de 500 crianças. Segundo informações do Ministério da Saúde, somente em 2022, cerca de 100 crianças da localidade morreram com quadros de desnutrição, pneumonia, diarreia e outras causas evitáveis.

Na última sexta-feira (20), o Ministério da Saúde, através de portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União, declarou situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional na região.

No sábado (21), uma comitiva do governo federal, que incluía o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Sônia Guajajara, ministra do recém criado Ministério dos Povos Indígenas do Brasil, Silvio Luiz de Almeida, ministro de estado dos Direitos Humanos e da Cidadania, entre outros, encontraram uma terra arrasada quando chegaram ao local.

Para o CPERS, a crise no Território Indígena Yanomami se configura em uma tragédia humanitária e um crime contra a humanidade e a história do Brasil. É urgente e necessária uma mudança drástica em relação à forma como o governo federal lida com o garimpo ilegal em terras indígenas e suas repercussões nos povos que carregaram a nossa origem.

O Sindicato manifesta seu apoio incondicional à luta dos Yanomamis e às ações como a do MST, que anunciou, neste domingo (22), o envio de alimentos e médicos para a região.

Que os cantos dos povos indígenas, aldeados ou vivendo nos grandes centros urbanos, continuem ecoando junto à luta pelo seu direito de existir e pela preservação de seus corpos e seus territórios. Basta de descaso!

Foto: Reprodução/URIHI

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