Dados da Secretaria da Educação (Seduc), divulgados nesta segunda (27), escancaram um cenário alarmante das escolas estaduais diante das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. Ao todo, 1.066 instituições de ensino, em 251 municípios, foram afetadas. Esta situação crítica atinge diretamente 381.512 estudantes, comprometendo o calendário escolar e o aprendizado de milhares de jovens e crianças.
Dos estabelecimentos impactados, 579 escolas foram danificadas, deixando 221.414 alunas e alunos sem um ambiente adequado para o estudo. Além disso, 54 instituições de ensino estão servindo de abrigos, refletindo a gravidade da situação em diversas comunidades.
Suspensão das aulas
O retorno às aulas está suspenso em todas as escolas estaduais dos municípios de Pelotas, Porto Alegre e Rio Grande nesta segunda (27) e terça-feira (28). Já em Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Gravataí e Nova Santa Rita, a suspensão ocorre apenas nesta segunda-feira (27).
O estado conta com um total de 2.340 instituições de ensino. Até o momento, 1.805 (77,1%) já retomaram suas atividades, enquanto 533 (22,9%) ainda permanecem fechadas. Destas, 223 não têm previsão de retorno, indicando um problema de longo prazo que requer atenção.
Além disso, o total de estudantes matriculados nas escolas do estado é de 741.831. Destes, 514.607 (69,4%) já voltaram às aulas, mas 227.224 (30,6%) continuam sem atividades escolares, sendo 86.921 sem previsão de retorno.
>> Confira a situação das escolas por CRE
Para o CPERS, a situação exige uma resposta imediata e coordenada do governo Eduardo Leite (PSDB). Priorizar a recuperação das escolas danificadas e garantir o transporte seguro para as alunas(os) são fundamentais. Além disso, é essencial fornecer suporte psicológico para professoras(es) e funcionárias(os) afetadas e estudantes.
A crise nas escolas estaduais do Rio Grande do Sul é um desafio multifacetado que demanda uma resposta robusta e ágil. A reconstrução das instituições de ensino, o reassentamento das famílias que estão nos abrigos e a criação de planos de contingência são essenciais para mitigar os impactos dessa tragédia.
O CPERS Sindicato está intensificando seus esforços para pressionar o governo a adotar medidas eficazes que mitiguem os impactos devastadores das enchentes na vida de milhares de famílias de estudantes e trabalhadoras(es) da educação, da ativa e aposentadas(os).