Na tarde desta quarta-feira (22), o CPERS sediou o debate “Agroecologia e Agrotóxico – Direitos e Organização – Nossa Lei da Economia Solidária”. O encontro faz parte das atividades do Fórum Social das Resistências, que ocorre ao longo da semana em diversos espaços da capital.
Na abertura do encontro, o presidente do Sindicato dos Artesãos, Sergio de Freitas Silva, falou da relevância da atividade econômica. “É um dos maiores setores dentro da economia solidária. O faturamento anual representa 2% do Produto Interno Bruto nacional”, afirmou.
A diretora estadual do setor de produção do MST, Roberta Coimbra, ponderou que as pessoas são ensinadas desde pequena que ter sucesso é ter um bom emprego, bom salário, usar roupas de marcas. “Elas acham mais fácil trabalhar para alguém do que construir algo para si. A agroecologia dentro do MST opera no sentido inverso, como uma forma de emancipação dos assentados”, concluiu.
O presidente do Conselho de Direitos Humanos e Central de Cooperativas e Empreendimentos (Unisol), Léo Pinho, ressaltou os desafios e as prioridades da economia solidária. “Temos que construir frentes amplas de construção. Mesmo que nesse processo de retrocesso precisemos afirmar a nossa agenda. A economia solidária deve ser pensada como estratégia para o desenvolvimento social”, destacou.
“A economia solidária não é para meia dúzia, é uma das estratégias para os trabalhadores e trabalhadoras. Estamos propondo um modelo econômico para o Brasil”, concluiu.
“A economia solidária no Brasil já movimenta mais de 1% do PIB. Isso corresponde a quase R$ 6 bilhões anuais. Ela é a forma de inclusão econômica de milhares de brasileiros e brasileiras, tanto em empresas falidas retomadas quanto na agricultura familiar, nas cooperativas de modo geral, e em todas as áreas da economia”, destacou a deputada Maria do Rosário.
A programação completa do Fórum pode ser conferida AQUI.