O Conselho Geral do CPERS manifesta seu apoio aos colegas da APP Sindicato do Paraná que realizaram uma greve de fome contra a política de morte do governo Ratinho Júnior (PSC).
Depois de ocupar a Assembleia Legislativa do Estado (ALEP), em Curitiba, os educadores(as) iniciaram a greve às portas do Palácio Iguaçu, reunindo 49 trabalhadores em educação pela vida e contra a opressão por oito dias. Foram 174 horas de jejum total, encerrando-se no dia 26 de novembro.
A sequência dos fatos despóticos, levados a cabo pelo governador e seu Secretário de Educação, o empresário Renato Feder, transformou o Paraná em uma verdadeira tirania.
O sorrateiro processo de militarização de 216 escolas, anunciado de supetão pelo governo, que culminou no fechamento do turno da noite de inúmeras instituições, somado ao anúncio de uma prova de concurso para professores temporários (edital n. 47/2020), reunindo – em meio à pandemia – cerca de 90 mil candidatos e o corte de cerca de 30 mil contratos de trabalho, dentre professores(as) e funcionários(as), foram o estopim para a greve.
Desde que assumiu, Ratinho Júnior nunca se reuniu com os representantes do funcionalismo público. Em campanha, afirmou que faria o diálogo nos primeiros meses do seu governo.
Ao contrário do que prometeu, o governador do Paraná aproveita a pandemia para acabar com os direitos dos servidores(as): aumentou a alíquota de contribuição previdenciária, acabou com a licença-prêmio e extinguiu os cargos públicos dos funcionários de escola.
Assim como ocorre no Rio Grande do Sul com Eduardo Leite (PSDB), o governo de Ratinho Júnior (PSC) toma medidas autoritárias sem sequer consultar a comunidade escolar e joga os cidadãos paranaenses ao calabouço da morte.
É evidente que, na situação sanitária em que se encontra o estado e o país, a prorrogação dos contratos atuais dos professores(as) e funcionários(as) seria a medida mais cautelosa. No Brasil, já são mais de 173 mil óbitos e 6 milhões de infectados pelo coronavírus desde o início da pandemia, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Se fossem ouvidos, era esta a proposta que os trabalhadores(as) em educação do Paraná teriam a contribuir. Contudo, lamentavelmente e deliberadamente, são esquecidos pela atual gestão.
O CPERS se solidariza à brava luta travada pelos companheiros da APP Sindicato. Todo apoio aos trabalhadores(as) em educação do estado do Paraná e ao seu combativo sindicato! A tirania e o despotismo do atual governo não prosperarão!
Foto de capa: APP-Sindicato