CPERS realiza ato contra a perseguição aos professores no primeiro dia da Greve Nacional da Educação


 

20170315 - Ato Fica Zé contra o afastamento do professor José em frente a escola ditador Costa e Silva

O primeiro dia da Greve Nacional da Educação começou com diversos atos pelo país, nesta quarta-feira (15), mais de 30 núcleos do Sindicato realizaram atos regionais em suas cidades especificas. Diversas categorias também realizam manifestação contra a Reforma da Previdência. Em Porto Alegre centenas de educadores, estudantes e pais reuniram-se às 10h em frente à Escola de Ensino Médio Presidente Costa e Silva (Av. Niterói, 472, bairro Medianeira). O ato ocorreu em frente à escola em símbolo da perseguição que os professores vem sofrendo pelas direções de escolas e Coordenadorias Regional de Educação – CREs pelo Estado.
O professor de história e filosofia, José Luís de Moraes, foi transferido para outra escola pelo fato de alterar o nome da instituição no cabeçalho das avaliações aplicadas nas turmas, por definir o Costa e Silva, um ditador e fazer parte de um projeto com os estudantes no qual visa mudar o nome da escola.

Caso do professor José Luís não é exceção
Durante o ato houve falas de estudantes, pais e educadores em apoio ao professor e aos educadores que estão sofrendo perseguição pelo Estado. “O professor José é o símbolo da perseguição que não somente ele, mas diversos educadores estão sofrendo, repressão pela participação em greves, mobilizações e ações do sindicato. Nós temos professores contratados que tiveram que sair da escola e isso não pode acontecer, porque no contrato emergencial está bem claro, ele sai quando finda a emergência. Se sai um professor contratado e outro entra, é sinal que precisa-se daquele professor ali. Portanto, caracteriza claramente como perseguição contra o direito a greve, que nós temos”, declarou Helenir.
A presidente também falou da reunião que teve com o secretário de Educação, Luís Alcoba de Freitas, onde exigiu a reintegração do professor à escola e sobre a troca do nome da instituição para a Edson Luís (estudante que foi morto por lutar bravamente durante a ditadura). O encaminhamento do secretário na reunião foi que o Conselho Escolar tem que aprovar esta mudança e fazer o encaminhamento à SEDUC, da alteração do nome.
O professor José Luís agradeceu o apoio e lembrou que seu caso não é exceção, outros colegas também estariam passando o mesmo. “Como professor vou sempre falar quem foi Costa e Silva e quero voltar a essa escola para trocar o nome para Edson Luís”, afirmou. O professor também lembrou que o nome da escola foi modificado pelos alunos na ocupação que houve no ano passado.

20170315 - Ato Fica Zé contra o afastamento do professor José em frente a escola ditador Costa e Silva

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