CPERS participa da Marcha das Mulheres Negras em Brasília


Fotos: CPERS e CNTE

Nesta terça-feira (25), a Marcha das Mulheres Negras 2025 reuniu milhares de pessoas em Brasília. Movimentos de todo o país, incluindo o CPERS, representado por educadoras(es) do Coletivo Estadual de Igualdade Racial e Combate ao Racismo e representantes regionais, se organizaram em uma potente mobilização para reivindicar um futuro mais justo e democrático. 

Passados 10 anos desde a primeira edição, as mulheres negras retomaram as ruas rumo à Esplanada dos Ministérios sob o tema central “Por Reparação e Bem-Viver”.

Educação pública e antirracista!

A delegação do CPERS esteve nas ruas, se somando na construção desta mobilização histórica. Sob o protagonismo das mulheres negras, o Sindicato levava na faixa do Coletivo o mote: “Nossos passos vêm de longe, e há 10 anos seguem firmes na luta antirracista!”

O 2º vice-presidente do CPERS e coordenador do Departamento de Igualdade Racial e Combate ao Racismo, Edson Garcia, foi enfático sobre a centralidade da educação nessa luta: A Marcha das Mulheres Negras foi um verdadeiro marco. Mais de 300 mil pessoas reunidas em torno de uma pauta essencial: a mulher negra e a luta da população negra por reparação. A Marcha ocorreu exatamente no mesmo dia em que realizamos, uma década atrás, a primeira reunião do Coletivo Estadual de Igualdade Racial e Combate ao Racismo do CPERS Sindicato. Foi uma poderosa e simbólica celebração de aniversário. Viva a mulher negra! Viva a luta ancestral!”

No caminho para a Marcha em Brasília, o CPERS realizou um Encontro de Formação do Coletivo Estadual, em comemoração aos seus 10 anos de existência, realizado em Goiás.

“Foram momentos de avaliação dos 10 anos e de muita formação, envolvendo temas como a representatividade da população negra na educação pública, a ancestralidade, o letramento racial, dentre outros temas. Vivemos dias especiais de convivência e, com certeza, transformadores. Que venham mais outros 10 anos de luta e avanços na luta antirracista”, declarou Edson.

A luta antirracista e a educação pública devem andar lado a lado. Neste sentido, a luta pela aprovação da PEC da Reparação, que propõe a criação do Fundo Nacional de Reparação Econômica e de Promoção da Igualdade Racial, ganhará intensidade no próximo período. O financiamento de políticas públicas para a área da educação, proposto pelo projeto, será um passo fundamental para corrigir desigualdades históricas sofridas pela população negra.

Durante a Marcha, a multidão contestava através dos cartazes e cantos um projeto de futuro onde a reparação e o bem-viver sejam realidade para todas e todos. Os eixos centrais foram a defesa da educação pública, o combate ao racismo, o fim da violência contra mulheres negras e suas famílias, e políticas efetivas de reparação.   

A secretária executiva da CNTE, Iêda Leal, fez um chamado à continuidade da luta: “Depois de 10 anos, nós conseguimos nos reorganizar e chegar aqui em Brasília, no coração do país. A Marcha das Mulheres Negras é pelo viver. Nós tivemos uma tarefa desde 2015 até agora, porque a gente sabe que a educação faz a diferença e fazer a diferença, para nós, significa vencer o racismo. Significa discutir dentro da escola com os nossos alunos, alunas, professores e famílias, que o país é melhor sem racismo. Então, a gente precisa continuar marchando. Nosso país precisa compreender a importância de cada negro e negra, para o Brasil abraçar e acolher, de fato, a história do povo negro brasileiro”.

O ato foi uma iniciativa da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), da Rede de Mulheres Negras do Nordeste e da Rede Fulanas – Negras da Amazônia Brasileira, com apoio da CNTE e de diversos sindicatos.

A Marcha das Mulheres Negras 2025 reafirma que a transformação do Brasil passa necessariamente pelo enfrentamento ao racismo, pelo fortalecimento da educação pública e pela garantia de direitos para todas as mulheres negras. Ao lado das organizações que constroem essa luta, o CPERS seguirá mobilizado para que a reparação, o bem-viver e a justiça racial se tornem realidade concreta, porque, como demonstrado nas ruas de Brasília, quando as mulheres negras marcham, todo o país avança. 

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