CPERS e Semapi denunciam os riscos do retorno presencial das aulas da Fase


Sem vacinar educadores e agentes e com estruturas precárias para seguir os protocolos de segurança, o governador Eduardo Leite liberou as aulas presenciais em todas as unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (FASE), retomadas no último dia 10 de maio.

A atitude agrava os riscos de contágio num ambiente como o da Fundação, com adolescentes em privação de liberdade, expondo desnecessariamente trabalhadores da FASE, professores e socioeducandos, pois nenhum desses grupos encontra-se devidamente imunizado.

O retorno das aulas presenciais aumentará o número de pessoas circulando nas unidades, em sua maior parte sem estarem vacinadas. Além disso, a retomada das rotinas próprias do trabalho escolar os exporá ainda mais.

Lembramos que já tivemos um número significativo de contágios, hospitalizações, surtos e inclusive óbitos de trabalhadores da FASE em decorrência do Coronavírus, o que torna essa decisão extremamente temerária.

SEMAPI e CPERS defendem a ampla imunização de trabalhadores(as) em educação e no atendimento socioeducativo, bem como mais recursos humanos, físicos e financeiros e estratégias de testagem, rastreamento e monitoramento dos casos de Covid-19 como condicionantes mínimos de um retorno seguro às aulas presenciais, tanto nas unidades da FASE quanto fora delas. Ambas instituições oficiaram o governo, demonstrando sua contrariedade com as diretivas e defendendo a suspensão da retomada.

Num momento em que o Rio Grande do Sul enfrenta um dos períodos mais críticos da pandemia, com altos índices de mortes e vacinação em ritmo lento, demandamos que o governo reconsidere essa determinação face aos grandes riscos envolvidos, e que concentre seus esforços em primeiro garantir vacinas e condições sanitárias adequadas para depois retomar as atividades escolares com segurança para todos os trabalhadores da FASE, professores e socioeducandos.

Nossas vidas têm valor!

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