CPERS e FSP chegam a Santa Maria e Alegrete para debater salário digno e defesa do IPE Saúde


O CPERS e a Frente dos Servidores Públicos (FSP) estão incansavelmente percorrendo todo o estado, erguendo suas vozes contra o cruel ataque de Eduardo Leite (PSDB) aos trabalhadores(as) gaúchos(as) com o projeto de reforma do IPE Saúde e na luta por salário digno para todos(as).

As cidades de Santa Maria e Alegrete sediaram, nesta quarta-feira (31), os debates sobre os prejuízos devastadores do projeto de reestruturação do Instituto e a importância de defender a Revisão Geral dos salários.

Em Santa Maria, mais de 200 educadores(as) e servidores(as), da ativa e aposentados(as), compareceram em plenária que ocorreu no patrimônio histórico do município, o IEE Olavo Bilac.

A reforma de Leite, que será votada pelos deputados(as) em junho, na Assembleia Legislativa, implicará em um aumento significativo nos descontos mensais dos beneficiários(as) do IPE Saúde, colocando em risco o orçamento das famílias que mais dependem desse serviço essencial – aqueles que estão lutando diariamente para sobreviver.

“Quando Eduardo Leite apresentou a primeira proposta do projeto, até os deputados da base aliada estavam contra, pois era uma vergonha. Agora, ele apresentou uma segunda versão à Assembleia Legislativa, que segue tão ruim quanto a primeira”, asseverou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer. 

A presidente Helenir foi enfática ao explicar que o congelamento salarial é um fator determinante para o déficit atual da autarquia. É urgente que o governo abra uma mesa de diálogo com os trabalhadores(as) para debater o índice de Revisão Geral da inflação nos salários.

“Hoje, o IPE Saúde está com problemas no seu orçamento, mas qual é a causa desse problema? Posso afirmar, com toda a certeza, que o grande responsável, foram os oito anos de arrocho salarial, que jogaram os servidores estaduais na miséria”, completou.

Vale lembrar que cerca de um milhão de gaúchos(as), o equivalente a 10% da população, estão correndo o risco de ficarem desamparados, sem acesso à assistência médica e hospitalar do Instituto, já que os novos custos se tornarão insustentáveis.

Helenir enfatizou que a dificuldade em lidar com o aumento das contribuições ao IPE Saúde pode levar um grande número de servidores(as) a migrarem para o já sobrecarregado SUS, o que comprova que o desmonte do Instituto afeta a sociedade como um todo.

“É importante a gente alertar a sociedade gaúcha que, se esse projeto passar, mais do que acabar com o IPE Saúde, ocasionará o sucateamento e o colapso do SUS. Nós, servidores, não teremos condições de arcar com os custos de um outro plano e iremos todos para o SUS”, destacou.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), perdas salariais de 57,33% atingem várias categorias, incluindo a educação.

Conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Eduardo Leite (PSDB) excluiu 25 mil funcionários(as) de escola do reajuste, que recebem um salário base de apenas R$ 657,97. Esses educadores(as) precisam de um completivo para alcançar o valor do salário mínimo regional e representam 90% dos servidores(as) públicos nessa situação.

Para piorar, o governador deixou quase 10 mil aposentados(as) sem paridade, além de muitos outros servidores(as), sem nem um centavo de aumento. 

Mais revoltante é comprovar que há dinheiro disponível. O superávit orçamentário, as isenções fiscais bilionárias e o reajuste dos altos salários demonstram claramente que é possível e viável agir, basta ter vontade política.

Segundo a Contadoria e Auditoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul (Cage), o governo acumula uma dívida impressionante de R$ 356,6 milhões em precatórios e RPV retidos pelo IPE Saúde. Fica evidente que a crise atual foi intencionalmente criada pelas gestões anteriores.

Além de Helenir, participaram da mesa de debates a diretora do 2º Núcleo, Dgenne Cristina Ribeiro da Silva, o presidente do Sindicaixa, Érico Corrêa, o secretário-geral do Sindjus, Fabiano Zalazar, o presidente da Ugeirm, Isaac Delivan Lopes Ortiz, e o presidente da Afocefe, Alexandre Luzzi.

Da Direção Central do CPERS, integraram a atividade o 1º vice-presidente, Alex Saratt, e as diretoras Carla Cassais, Juçara Borges e Sonia Solange Viana.

O evento também teve a representação do Sindppen.

Debates movimentam a Câmara de Vereadores de Alegrete

Em Alegrete, professores(as), funcionários(as) e servidores(as) da região lotaram o Plenário Vereador Gaspar Cardoso Paines, na Câmara de Vereadores da cidade, em plenária conduzida pela diretora do 19° Núcleo (Alegrete), Rosa Maria Agostini Dotta.

Vera Lessês, diretora do CPERS e representante do Sindicato no Conselho de Administração do IPE Saúde, expôs o lado sombrio do projeto do governo Leite: o aumento da contribuição de 3,1% para 3,6%, um aumento significativo na contribuição de quem menos tem.

“O pior do projeto é que hoje não pagamos nada para os nossos dependentes, eles estão dentro desses 3,1% que somos descontados. Com a nova proposta, passaríamos a pagar uma alta contribuição”, afirma Vera.

Vale lembrar que a proposta de reforma de Eduardo Leite (PSDB) revela a sua verdadeira intenção: abrir caminho para a gradual privatização do IPE Saúde, prejudicando a qualidade e o acesso aos serviços do Instituto para os educadores(as) e demais servidores(as).

Para Sandra Régio, diretora do CPERS, é preciso unidade nas mobilizações em defesa do IPE Saúde. “Precisamos unir todo o Rio Grande do Sul para impedir a aprovação desse projeto de reestruturação que beneficia os altos salários e ataca aqueles que recebem menos. A luta pelo Instituto é uma luta de todos nós”

Rogério Cardoso Viana, vice-presidente do Sindsepe/RS, ressalta a importância da luta pelo Instituto e pelos servidores(as) que recebem menos.

“Eu represento um dos sindicatos com salários entre 600 e 900 reais. A batalha é histórica em defesa dos aposentados e dos baixos salários. Vamos lutar pelo IPE Saúde até o último segundo”

Chegou a hora de agir e unir forças! Todos(as) nós devemos nos mobilizar, fazer nossas vozes serem ouvidas nos debates e pressionar o poder público por soluções urgentes.

Precisamos garantir um IPE Saúde acessível e de qualidade. Não podemos permitir que os trabalhadores(as) sejam penalizados por mais esse projeto nefasto do governo de Eduardo Leite (PSDB).

Em breve, divulgaremos mais datas das plenárias por todo o Rio Grande do Sul. Entre em contato com seu núcleo e mobilize-se! Juntos, podemos fazer a diferença e proteger nossos direitos e a dignidade de todos(as) os servidores(as)!

   

             

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