Na tarde desta terça-feira, 13 de agosto – data que marca o dia nacional de lutas contra os ataques à educação – o CPERS reuniu-se com membros da comunidade acadêmica e grêmios estudantis de diversas escolas gaúchas, no salão de Atos Thereza Noronha, sede da entidade. A proposta foi articular ações e debater o cenário do ensino público.
O diretor do departamento de Juventude do Sindicato, Daniel Damiani, fez uma contextualização sobre a conjuntura atual, destacando os problemas enfrentados pela categoria no Rio Grande do Sul.
“Temos relatos de que a Seduc está cancelando matrículas de alunos maiores de 18 anos infrequentes, as escolas estaduais estão sem professores(as) e funcionários(as), e oito instituições do interior de São Luiz Gonzaga estão ameaçadas de fechamento”, afirmou.
A estudante Isadora de Oliveira, da E.E.E.B. Manoel Vicente do Amaral, do município de Santa Vitória do Palmar, compartilhou a dura realidade que a escola enfrenta. “Nosso professor de matemática ficou doente e precisou pedir licença. Ele foi internado e estamos desde o início do ano sem aulas”, desabafou.
Os presentes reforçaram a necessidade de unidade frente aos inúmeros ataques do governo de Eduardo Leite e Bolsonaro à educação e à previdência.
Na ocasião, Daniel também apresentou – em primeira mão – a Cartilha dos Grêmios Estudantis do CPERS, que traz exemplos de ações organizadas pelos estudantes e orienta a criação de grêmios nas escolas estaduais. O material aborda ainda temas como a Escola Sem Partido, o desmonte do ensino público, o fechamento de escolas e a educação camponesa.
Após a reunião, os alunos, pais e professores seguiram para a Praça da Matriz, onde ocorre a concentração do grande ato em defesa da educação pública e da aposentadoria. Às 16h, as centrais sindicais se somam ao evento e, às 17h30, os manifestantes saem em caminhada, passando pela Esquina Democrática e chegando à Faculdade de Educação da UFRGS.