Sem ouvir os principais interessados, educadores(as) e alunos(as), a Resolução 371/2022 – do Conselho Estadual de Educação (CEEd), aprovada em setembro desse ano, fixa normas complementares para o Curso Normal (antigo Magistério).
O CPERS, representado no Conselho pelas conselheiras Dulce Miriam Delan, Sandra Beatriz Silveira e Simone Goldschmidt, votou de forma contrária a Resolução por entender que, além da falta de debate, não há tempo hábil para as escolas implementarem as resolutivas.
Nesta quinta-feira (27), o 1º vice-presidente do CPERS, Alex Saratt, a tesoureira e diretora da Comissão de Educação do Sindicato, Rosane Zan e a diretora Sonia Solange Viana, que também integra a Comissão, acompanharam a live realizada pelo CEEd sobre o assunto.
Durante a explanação, a conselheira e relatora da resolução, Ana Rita Berti Bagestan, fez a leitura das normativas do documento.
Após acompanharem a apresentação, Saratt e Rosane avaliaram as consequências e a base que regulamenta a Resolução.
Para Rosane, o curso normal, antigo Magistério, é um diferencial formativo na vida dos jovens que escolhem a docência. Por isso, defende que eles deveriam ter sido ouvidos quanto às mudanças.
“Mais uma vez mudam a base curricular sem ouvir e debater com aqueles que realizam o fazer pedagógico no chão da escola. Tudo foi feito de forma açodada e não deram tempo suficiente para as escolas se organizarem e se certificarem das novas normativas. Além disso, possibilitam que empresas privadas entrem no espaço da escola pelas ditas trilhas ou itinerários formativos”, observou.
“A base que fundamenta a Resolução é objeto de crítica e oposição por parte do movimento educacional em todo o país. Logo, o teor da nova normativa nasce contaminado pela legislação retrógrada e apresenta premissas questionáveis quanto à forma e conteúdo”, analisa o 1º vice-presidente do CPERS, Alex Saratt.
O CPERS segue defendendo que as escolas que oferecem o Curso Normal tenham todas as condições asseguradas para formar profissionais qualificados, que possam, futuramente, contribuir para a efetivação de uma escola pública gratuita e de qualidade, com respeito a gestão democrática.