Conjuntura: entre a cruz e a espada, a luta continua


Desde julho, a Caravana em Defesa da Escola Pública percorreu cerca de 20 mil quilômetros de estrada e mais de 1.100 escolas em 286 municípios do Rio Grande do Sul. Travamos o bom debate, levando à categoria informações sobre a importância do voto consciente e as diferenças entre os dois projetos em disputa nas eleições para o Governo do Estado. Apesar das tentativas de censura ao legítimo trabalho sindical, cumprimos o nosso papel.

Nas urnas, os gaúchos optaram por levar ao 2º turno dois candidatos que representam o mesmo projeto. Independente do resultado no dia 28 de outubro, enfrentaremos mais quatro anos de aprofundamento das políticas neoliberais de redução do Estado, precarização dos serviços públicos, privatização, terceirização, achatamento salarial e ataques à educação.

Nesse cenário, o CPERS permanece do lado que sempre esteve: da escola pública gratuita e de qualidade, da valorização dos trabalhadores em educação e da defesa intransigente das pautas da nossa categoria. Seguiremos cobrando do atual governo do Estado o cumprimento de suas obrigações, pelo fim do massacre a professores(as) e funcionários(as) de escola – que sobrevivem com 34 meses de salários atrasados e sem reajuste há quatro anos – e do desmonte da rede estadual de Ensino.

No pleito nacional, conforme resolução da última Assembleia Geral, realizada em 28 de setembro, nos somamos à frente democrática contra o ódio e o autoritarismo, personificados no candidato Jair Bolsonaro (PSL). Além de manifestar abertamente posições preconceituosas e excludentes, suas propostas para a escola pública preveem a educação à distância desde o Ensino Fundamental e a censura em sala de aula com a Lei da Mordaça, bem como ideias obscurantistas como a abolição de Paulo Freire dos manuais pedagógicos. Como deputado, aprovou o congelamento por 20 anos do orçamento federal. Não há país no mundo que tenha atingido patamares elevados de desenvolvimento econômico e social sem investimentos públicos pesados em educação.

O CPERS é cada educador e educadora do Rio Grande do Sul. Com MDB ou PSDB no estado, diante da perspectiva de continuidade dos ataques, temos todos nós a responsabilidade histórica de fortalecer o Sindicato, nossa maior ferramenta de luta e resistência. A participação efetiva e massiva da categoria nas mobilizações e instâncias decisórias da entidade é a única forma de barrar retrocessos. Filie-se e ajude a divulgar a importância da luta coletiva para seus colegas de trabalho.

O próximo período será desafiador, mas em 73 anos de existência jamais nos curvamos, mesmo durante a ditadura militar. Somos forjados na luta, certos de que a educação é o único caminho possível para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e desenvolvida.

Convocamos a todos(as) para resistir, fortalecer o CPERS e defender a escola pública!

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