Confira o estudo do Dieese sobre a brutal transferência de renda para o setor financeiro


Conforme dados divulgados pelo Dieese, em 2018, quase metade de todo o orçamento do governo federal deverá ser apropriado somente por rentistas, que refletem menos de 1% da população. Já 99% dos cidadãos tenderão a um crescimento insignificante de cerca de 1,3% no PIB em 2018. Devido ao alto juros,  o 1% mais ricos irão receber ganhos financeiros adicionais.  Enquanto a economia patina, o índice de crescimento do lucro dos maiores bancos do Brasil ultrapassou 17%.

“De acordo com o Orçamento Geral da União de 2018, o governo federal gastou R$ 1,065 trilhão com juros e amortizações da dívida pública, o que representou 40,6% de todo o orçamento efetivamente executado no ano. Essa quantia corresponde a 11 vezes o que foi destinado à educação, 10 vezes aos gastos com saúde, ou quase o dobro dos gastos com a Previdência Social.

Na obsessão pelo ajuste fiscal, os ‘canhões’ estão apontados para a renda e os direitos dos trabalhadores, investimentos sociais e gastos da previdência. Pouco se fala nos bilhões de reais transferidos anualmente para os detentores de títulos públicos.

A renda deve vir do trabalho e da produção e não do mercado financeiro por meio das elevadas taxas de juros (com uma brutal transferência de renda do setor produtivo para a casta rentista), contribuindo ainda mais para a grave concentração de renda. Não há economia que consiga deslanchar com as maiores taxas de juros do planeta. Por isso, a geração de emprego e renda deveria estar no centro da política econômica. Sabe-se que um dos grandes problemas da instabilidade social é o desemprego e a grave concentração de renda. A dominância financeira é um dos maiores entraves para o desenvolvimento do país.”

Acesse os dados do Dieese.

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