“Com Tarso, faltava 36% para atingir o piso. Com Sartori, está faltando 82%”, compara presidenta do CPERS


“Com os reajustes que tivemos no governo Tarso Genro (PT), faltou 36,54% para conquistarmos o piso nacional do magistério. Hoje, com os parcelamentos e o arrocho do Sartori, está faltando 82,42% para atingirmos o piso”. A comparação foi feita no último sábado (15) pela presidenta reeleita do CPERS/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, mostrando a diferença entre os projetos dos dois governos no Palácio Piratini.
Ela foi palestrante convidada na mesa “O combate às reformas de Temer, Sartori e seus aliados”, durante a 15ª Plenária Estadual/Congresso Extraordinário da CUT-RS, realizado no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, no centro de Porto Alegre.
Helenir e o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) fizeram exposições sobre a conjuntura nacional e estadual, onde Sartori e Temer implantam políticas neoliberais, que atacam os servidores, sucateiam os serviços públicos e retiram direitos da classe trabalhadora.
A mesa dos trabalhos foi coordenada por Angélica do Nascimento e Marcelo Carlini, diretores da CUT-RS.

A cegueira política nos leva ao retrocesso

“Vivemos um tempo de exceção, como na ditadura militar”, avaliou a professora, alertando que a cegueira política nos leva ao retrocesso social, trazendo graves conseqüências para os trabalhadores e à sociedade. “Não tivemos a capacidade de fazer o povo entender as diferenças de projetos, inclusive nós, sindicalistas”, afirmou.
A dirigente do CPERS avaliou que “só teremos uma reviravolta quando toda a classe trabalhadora se unir”. Ela lembrou que o governo estadual não é muito diferente do nacional, ambos sob o comando do PMDB. A primeira medida do governador José Ivo Sartori, quando assumiu, foi o decreto que sucateia o Rio Grande do Sul. “Investir no Estado e no serviço público é proibido aqui”, ironizou.
“As ideias escravocratas nunca saíram da cabeça da burguesia”, ressaltou Helenir. “O projeto, que agora está lá em cima com o golpista, já estava sendo implantado aqui com Sartori”.

“O sindicalismo é a pedra no sapato deles”  

As vigílias que os servidores públicos vêm realizando todas as terças-feiras, na Praça da Matriz, têm conseguindo vitórias consecutivas ao adiar a votação de PECs do pacotaço de maldades de Sartori na Assembleia Legislativa, destacou Helenir.
“O sindicalismo é a pedra no sapato deles. Com todos os ataques, o Sartori conseguiu nos unir. Já tivemos marchas com mais de 50 mil pessoas, compomos fóruns com mais de 40 entidades representadas”, assinalou.
Porém, Helenir chamou a atenção de que, apesar de toda essa resistência, não podemos cair no erro e aceitar uma proposta de continuidade de governo. “Quando não aprendemos lendo, aprendemos apanhando. E apanhamos muito no último período”, enfatizou. “E o Sartori já ensaia uma reeleição”, advertiu.

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“Queremos discutir a filiação à central sindical no chão das escolas”

A professora falou também sobre as eleições do CPERS, realizadas no final de junho, na qual a chapa encabeçada por ela foi reeleita para o mandato 2017-2020.
Ela recordou também o compromisso assumido no 9º Congresso Estadual do CPERS, ocorrido de 1º a 3 de julho do ano passado, em Bento Gonçalves. “Queremos discutir a filiação do CPERS a uma central sindical, mas vamos fazer isso na base, no chão das escolas, para que a categoria saiba quem está do lado dos trabalhadores”, garantiu Helenir. “Depois, vamos realizar uma grande assembleia”.
“A CUT me representa e eu espero estar no próximo congresso da CUT como delegada e não como convidada”, concluiu a presidenta do CPERS, recebendo aplausos calorosos.
Após as exposições de Helenir e Pimenta, houve debates com os delegados e as delegadas e, ao final, foi aprovada por unanimidade a resolução “Ampliar a resistência contra a política de Sartori”.

Fonte: CUT/RS

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