Coletivo de Juventude do CPERS promove formação sobre a história do movimento sindical


Estudar o passado para compreender o presente, esse foi o objetivo da formação realizada durante o IV Encontro do Coletivo de Juventude do CPERS, neste sábado (28).

O professor Samuel Souza, da Escola DIEESE de Ciências do Trabalho, deu uma aula sobre a história do movimento sindical, desde a sua origem na Inglaterra no século XIX, passando pelas primeiras organizações sindicais no Brasil, até a redemocratização e o papel do movimento sindical nos dias atuais.

Jovens educadores(as) de todo o Rio Grande do Sul e estudantes universitários interessados no tema, tiveram a oportunidade de compreender a importância da atividade sindical e o seu papel na construção da democracia.

Durante a abertura do encontro, o diretor do departamento de Juventude do Sindicato, Daniel Damiani, disse acreditar que formações como esta, contribuem também para uma reflexão sobre a sociedade.

“Neste momento de ataques cruéis e de tentativa de retirada de direitos adquiridos ao longo de muitos anos de luta, as pessoas devem entender que precisam continuar lutando. Essa formação está sendo realizada com o Coletivo da Juventude exatamente por isso, precisamos compreender as realizações do passado, para seguirmos lutando por elas”, afirma Daniel.

Pela manhã, já no início de sua fala, Samuel questionou os jovens educadores(as) sobre o conceito de sindicato. Que tipo de instituição é essa? Que tipo de movimento é esse? Para que ele foi criado? Refletindo sobre o papel das organizações sindicais ao longo da história e o contexto histórico que levou a classe trabalhadora a se organizar dessa maneira, algumas respostas foram surgindo.

Os sindicatos surgem no período chamado Era das Revoluções para defender os interesses políticos e econômicos dos trabalhadores, quando as empresas não mais respondiam às demandas da classe trabalhadora”, disse Samuel.

O professor destacou também que momentos de crise impuseram a classe trabalhadora a desenvolver mecanismos mais sofisticados de resolução dos seus problemas. “A intenção das elites dominantes é cada vez mais conservar privilégios e acumular riqueza, enquanto a demanda da classe trabalhadora é cada vez mais se emancipar do processo de exploração do trabalho”, ressalta.

À tarde, na sequência da formação, Samuel apresentou uma cronologia da história do Brasil a partir do ponto de vista da classe trabalhadora. Foram apresentadas as formas de organização, os tipos de sindicatos criados em diferentes momentos, para atender a determinadas demandas e superar questões postas na luta de classes desses períodos. O evento encerrou com uma reflexão sobre o período atual e as atuais formas de luta.

“Em momentos de ataque a democracia é difícil entender de qual maneira essa batalha pode ser vencida, mas existe um alento nesse processo, como por exemplo, um encontro como o de hoje, que reúne jovens professores dentro da estrutura do sindicato para pensar alternativas, soluções e formas de resistir. Isso já demonstra que a superação desses tempos sombrios está sendo construída”, reflete Samuel.

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