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Comprar os alimentos básicos está cada vez mais desafiador para os educadores(as) e demais trabalhadores(as). De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre as 17 capitais, Porto Alegre registrou, em setembro, a terceira cesta básica mais cara do país, no valor de R$ 743,94.
Sem aumento real há sete anos, a categoria segue tendo que fazer a difícil escolha entre comer e pagar as contas principais. O mesmo cenário ocorre com os demais trabalhadores(as) que recebem o salário mínimo de R$ 1.212,00.
Com base no valor da cesta básica mais cara, a de São Paulo (R$ 750,74), o Dieese aponta que um trabalhador(a) que ganha um salário mínimo, gasta 66,36% do seu rendimento para adquirir o básico para sustentar uma família de quatro pessoas. Segundo cálculos do Departamento, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 6.306,97 ou 5,2 vezes o mínimo atual.
>> Confira aqui o levantamento completo do Dieese.
Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, sete ficaram mais baratos neste mês em Porto Alegre. As maiores quedas são verificadas no preço do leite (-15,99%), do óleo de soja (-5,84%) e do feijão (-4,64%). Entre os seis produtos que registraram aumento, destaque para a alta no preço da batata (11,91%), do tomate (7,34%), da farinha de trigo (2,33%) e da manteiga (2,04%).
Em doze meses, a cesta básica de Porto Alegre registrou alta de 10,64%, percentual acima da inflação (INPC foi de 7,19%). Nesse período, dez itens ficaram mais caros: o leite (41,99%), o café (42,62%), banana (40,85%), a farinha de trigo (33,93%), a manteiga (30,09%), o pão (20,63%), a batata (12,93%), o óleo de soja (10,42%), o açúcar (7,43%) e a carne (5,98%). O tomate (-17,92%), o feijão (-13,54%) e o arroz (-0,44%) ficaram mais baratos.
São Paulo, Porto Alegre e Florianópolis têm cestas mais caras
O valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 12 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre agosto e setembro, as reduções mais importantes ocorreram nas capitais do Norte e Nordeste: Aracaju (-3,87%), Recife (-3,03%), Salvador (-2,88%) e Belém (-1,95%). Os aumentos foram registrados em Belo Horizonte (1,88%), Campo Grande (1,83%), Natal (0,14%), São Paulo (0,13%) e Florianópolis (0,05%).
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 750,74), seguida por Florianópolis (R$ 746,55), Porto Alegre (R$ 743,94) e Rio de Janeiro (R$ 714,14). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta difere, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 518,68), Salvador (R$ 560,31), João Pessoa (R$ 562,32) e Recife (R$ 580,01).
A comparação dos valores da cesta entre setembro de 2022 e setembro de 2021, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 8,41%, em Vitória, e 18,51%, em Recife.