O CPERS iniciou nesta quinta-feira (21), a Caravana das Plenárias Macro Regionais de Mobilização, que irá percorrer as cidades que integram os 42 Núcleos do Sindicato realizando debates com a comunidade escolar sobre os ataques do governo Sartori e fortalecer ainda mais a Greve dos educadores. Iniciada no dia 05 de agosto, a paralisação da categoria já chega a mais de 70% de adesão em todo o Estado.
Em seu primeiro dia, a Caravana, através de quatro roteiros, passou pelos Núcleos de Pelotas, abrangendo os municípios de Camaquã e Rio Grande; Santa Maria, integrando as cidades de Santa Cruz do Sul, Cachoeira e São Gabriel; Santana do Livramento, com a participação dos municípios de Bagé, Alegrete e Uruguaiana; e São Borja, que abrangeu os municípios de Santiago, São Luiz Gonzaga e Cerro Largo.
Em Santana do Livramento, centenas de educadores lotaram o salão do Clube Caixeiral. Durante a plenária, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, destacou que o governo Sartori não faz nenhuma ação para combater a sonegação e a isenção fiscal e usa os servidores para mentir à população e justificar a renegociação da dívida do Estado com a União, que trará conseqüências danosas a toda a população. “Não é possível que um Estado que reafirma constantemente que está em crise financeira, abra mão de R$ 9 bilhões em incentivos fiscais para grandes empresas e de R$ 7 bilhões em sonegação. A única saída apontada pelo governo é a renegociação da dívida do Estado com a União. Se isso ocorrer, nunca mais o Rio Grande do Sul poderá cobrar os recursos da Lei Kandir, que já está em R$ 48 milhões. As contrapartidas desta renegociação podem durar até 6 anos, e impõem venda de patrimônio público, corte de investimentos nas áreas da educação, saúde e segurança, enquanto são mantidos gastos com publicidade e os altos salários do legislativo e judiciário”, observou a presidente do Sindicato, Helenir Aguiar Schürer.
Também participaram da atividade a Associação dos Tenentes e Subtenentes da Brigada Militar e outras entidades representativas do funcionalismo público.
Logo após a plenária, professores e funcionários de escola realizaram uma caminhada pelas ruas centrais de Livramento. Durante o trajeto, alertavam a população quanto ao descaso do governo com os educadores e a educação pública. No final da caminhada os educadores formaram um círculo na esquina democrática, em alusão à forte corrente dos educadores em todo RS e permaneceram no local por 21 minutos (devido aos 21 meses de parcelamento).
Em Pelotas, os educadores e educadoras reuniram-se no Largo do Mercado ao lado da Prefeitura, onde foi realizada a Plenária e o Ato Público. A mobilização teve o importante apoio dos estudantes, da comunidade escolar e da população.
Em Santa Maria, a Praça Saldanha Marinho foi o palco para a Plenária. Professores, funcionários de escola, estudantes e a comunidade escolar debateram os rumos da greve e o descaso com a educação pública. Houve aula pública e Ato Unificado em Defesa da Educação e dos Direitos dos servidores. Logo após, foi realizada uma caminhada pelas principais ruas da cidade.
Em São Borja, a Plenária ocorreu na Escola Estadual Aparício Silva Rillo e contou com a participação de professores, funcionários de escola, estudantes, pais e a comunidade escolar. Após a plenária os educadores e educadoras seguiram em caminhada até a 35º Coordenadoria Regional de Educação – CRE, onde realizaram Ato Público denunciando o governo arbitrário e torturador de Sartori. Professoras da cidade de São Tomé/Argentina, participaram da caminhada para dar apoio aos educadores gaúchos.
A Caravana segue na estrada nesta sexta-feira (22), visitando os Núcleos 38 E 39 – Porto Alegre (Plenária 1), São Leopoldo (Taquara, Guaíba, Canoas, Osório e Gravataí), Caxias do Sul (Montenegro, Estrela, Bento Gonçalves, Guaporé e Vacaria), Passo Fundo (Soledade, Lagoa Vermelha, Erechim e Carazinho) e Santa Rosa (Três de Maio, Três Passos, Frederico Wesphalen, Ijuí, Cruz Alta, Palmeira das Missões e Santo Ângelo).
Santa Maria
Santana do Livramento
São Borja
Pelotas